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Astrologia Alquímica analisa chakras e busca as curas para integrar o ser

Astrologia Alquímica analisa chakras e busca as curas para integrar o ser - agsandrew/Getty Images/iStockphoto
Astrologia Alquímica analisa chakras e busca as curas para integrar o ser Imagem: agsandrew/Getty Images/iStockphoto

Camila Eiroa

Colaboração para Universa

11/04/2022 04h00

Hermes Trismegisto, considerado o pai da alquimia, cravou diversos ensinamentos espirituais a partir da Tábua de Esmeralda e do Corpus Hermeticum. Em torno de 1908, sob o pseudônimo de "Os Três Iniciados", foi publicado O Caibalion, um livro que possui os ensinamentos baseados nos manuscritos de Hermes, as famosas leis herméticas. Um dos princípios mais conhecidos é o que norteia a astrologia alquímica, uma vertente astrológica que busca ver o ser em totalidade e proporcionar as curas necessárias para a evolução.

"É verdade, certo e muito verdadeiro: o que está embaixo é como o que está em cima, e o que está em cima é como o que está embaixo." Com base nesse conhecimento, a astrologia analisa a influência dos astros em nossa vida terrena, como um reflexo, uma condução que pode nos levar a nossa melhor versão.

"O alquimista leva em consideração desde os antepassados e as influências que eles nos trazem, afinal, o nosso corpo é feito a partir de uma célula de cada um desses indivíduos, como traumas intrauterinos onde o bebê recebe toda a bioquímica gerada pela mãe durante a gestação, e, por fim, a moldagem imposta pela sociedade e pela cultura", explica a astróloga e alquimista Claudia Lima.

Chakras e casas astrológicas

A alquimia observa o corpo integrado e o mapa astrológico é considerado a árvore da vida. Nele, destacam-se as três substâncias alquímicas: o sulphur, o sal e o mercurius, respectivamente responsáveis pela contração, estabilização e expansão. Essas substâncias estão diretamente ligadas aos chakras e são movimentadas pelos quatro elementos essenciais da astrologia: ar, água, terra e fogo.

Para a astrologia alquímica, o posicionamento dos planetas nas casas, os signos e elementos são analisados e diretamente relacionados aos chakras, o que permite entender o modo como agimos e nos expressamos. Cada casa do mapa astral se relaciona com um chakra e cada chakra se relaciona com uma glândula e uma polaridade chamada de Serpente Solar ou Serpente Lunar.

"Ou seja, entendemos que tudo que está no céu influencia de forma eletromagnética os nossos polos energéticos. Assim como os quatro elementos e as três substâncias que são os componentes da árvore da vida; a representação do nosso corpo físico, emocional, mental, espiritual e energético", explica a astróloga.

1º chakra

O chakra básico é ligado com a Serpente Solar e com a casa 4, de Câncer. Representa os antepassados, a família, a sobrevivência e o instinto.

2º chakra

Chamado de esplênico, esse chakra é ligado com a Serpente Lunar e à casa 3 de, Gêmeos, que representa a comunicação, as conexões e a mente, e à casa 5, de Leão; o brilho pessoal, o amor-próprio e a personalidade.

3º chakra

O chakra umbilical está relacionado com a Serpente Solar e às casas 2, de Touro, que representa as posses, a realização e a materialidade, e 6, de Virgem, que representa a saúde, o cotidiano, a rotina, a organização e o método.

4º chakra

O cardíaco está relacionado com a Serpente Lunar e às casas 1, de Áries, portanto da iniciativa, e 7, de Libra, que representa o outro, os relacionamentos profundos e as sociedades.

5º chakra

O chakra laríngeo está relacionado com a Serpente Solar e com as casas 8, de Escorpião, e 12, de Peixes. Respectivamente, elas representam a transmutação e transformação, e o inconsciente e a espiritualidade.

6º chakra

O frontal, ligado à Serpente Lunar, também está relacionado às casas 9 de Sagitário, dos ideais e dos estudos aprofundados, e 11, de Aquário, ligada à utopia e à coletividade.

7º chakra

O chakra coronário representa a integração das duas Serpentes, o andrógino e a conexão com o divino. Está relacionado com a casa 10, Capricórnio, que representa a responsabilidade e a sabedoria. A manifestação da essência na matéria física.

Os setênios

Para a astrologia alquímica, os setênios, ou seja, cada ciclo de sete anos, são extremamente importantes. Isso porque eles representam a passagem do tempo pela vibração de cada chakra. Essa energia vai se sobrepondo ao ponto em que envelhecemos. Claudia explica que, de quando nascemos até o 1º ano de idade, estamos vibrando no chakra básico do básico. De 7 a 8 anos, estamos no chakra básico do esplênico e assim por diante.

"Dos 48 aos 49 anos, chegamos ao chakra coronário do coronário. É quando chegamos a uma experiência mais sutil, onde todo o corpo estaria vibrando nessa energia mais elevada, para quando completarmos 49 anos reiniciarmos no chakra básico do básico. Porém, será de um modo diferente, em uma oitava acima, ressignificando tudo que foi vivido para o aprimoramento e a evolução pessoal", diz a astróloga.

Segundo ela, esse processo reflete o que a alquimia traduz como transformar o chumbo em ouro. Ou seja, quando o que era denso se torna altamente condutor, maleável e de grande valor. Mais do que isso, é possível absorver o que para a alquimia é inerente à existência: o fato de que tudo está ligado e de que humano, natureza e universo são uma coisa só.

Mistérios do ser

"Os signos são uma parte dos segredos desta chave que abre os mistérios de cada ser. Ao entendermos o mapa natal, entendemos o ser. É isso que o alquimista busca ao unir todas as informações astrais e traduzir em panaceias. O objetivo da alquimia é a cura para todos os males e a astrologia alquímica permite observar os propósitos, desafios de dons de uma pessoa para que ela possa cumprir seu processo evolutivo", resume Claudia.

Por fim, a astróloga destaca que o autoconhecimento integra a mente, as emoções e o corpo. Com isso, o indivíduo pode se perceber parte do todo. Quando entendemos que a consciência nos leva a buscar uma nova e melhor versão de nós, se torna possível abandonar os apegos, as expectativas em relação aos outros e a necessidade de ser aceito ou compreendido. Esse é o caminho para a evolução.

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