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No Dia da Mulher, Universa cria figurinhas temáticas para o Instagram

Um dos stickers criado pela ilustradora Bárbara Quintino - Bárbara Quintino
Um dos stickers criado pela ilustradora Bárbara Quintino Imagem: Bárbara Quintino

Júlia Flores

De Universa, em São Paulo

08/03/2022 04h00Atualizada em 08/03/2022 12h37

Uma figurinha do Instagram pode promover equidade de gênero? Na opinião da ilustradora Bárbara Quintino, de 27 anos, a resposta é não. "Não promove equidade, mas provoca reflexão", pontua a artista, convidada por Universa a criar stickers personalizados para este 8 de março de 2022, Dia Internacional da Mulher.

Bárbara nasceu em Belo Horizonte, porém atualmente mora em São João del-Rei, no interior de Minas Gerais. É de lá que faz desenhos e ilustrações para marcas, empresas e para os mais de 3 mil seguidores de seu perfil no Instagram. Para ela, o fazer artístico é um ato revolucionário.

A ilustradora Bárbara Quintino - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
A ilustradora Bárbara Quintino
Imagem: Arquivo Pessoal

"A arte registra não só o tempo presente, por meio da documentação e do registro, como também abre a possibilidade de ultrapassar o agora e projetar futuros possíveis. A meu ver, a arte pode, sim, por exemplo, ajudar a explicar o que é equidade de gênero de uma maneira simples e didática", reflete a ilustradora, que preparou dez figurinhas inéditas, com falas e posicionamentos feministas, e já estão disponíveis no Instagram de Universa.

Para encontrar os stickers, basta acessar a aba de gifs do Instagram e procurar pela hashtag #Universa8M . Caso use as figurinhas no seu stories, não se esqueça de marcar o nosso perfil @universa_uol, pois iremos repostar vocês.

"Um desenho é mais simples do que uma fala. A reflexão chega mais rápido", argumenta Bárbara, que iniciou sua carreira no meio artístico produzindo peças digitais —retratos, principalmente— para amigos, em 2019.

O estilo autêntico e colorido do trabalho da artista tem inspiração na cultura popular brasileira, representado por formas simples, com temática popular.

O conteúdo da maior parte de suas obras faz referência a questões sociais. "Meu papel enquanto ilustradora é questionar os temas que incomodam —principalmente, de raça e de gênero. Isso só é possível porque outras mulheres abriram caminho e estão fazendo o mesmo. É resultado de uma luta coletiva", diz.

Sou fruto de uma luta enorme de várias pessoas. Se hoje eu, uma mulher preta, lésbica, pobre, estou dando uma entrevista, é por um processo coletivo

Agora, o plano de Bárbara é continuar instigando e divulgando a luta pela equidade de gênero. À sua maneira, o objetivo é causar impacto: "Figurinhas são um caminho de reflexão para a vida cotidiana. Se uma figurinha causa reflexão, já pode causar impacto".