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Jameela Jamil, de The Good Place, dá dicas de autoestima; dizer "não" é uma

Jameela Jamil é a embaixadora da campanha de amor próprio da The Body Shop - Divulgação
Jameela Jamil é a embaixadora da campanha de amor próprio da The Body Shop Imagem: Divulgação

Júlia Flores

De Universa

11/03/2021 04h00

Amar a si mesma não é uma prática simples, principalmente quando se nasce mulher em uma sociedade patriarcal em que somos ensinadas a odiar o nosso corpo, nossa personalidade e nossos gostos desde que nascemos. Um relatório global divulgado nesta segunda-feira (8) pela marca de cosméticos, produtos de beleza The Body Shop reforça essa dificuldade e revela que uma em cada duas mulheres sente mais insegurança do que capacidade de nutrir amor-próprio.

A pesquisa também traz outro número surpreendente, que mostra que 60% das participantes gostariam de ter mais respeito sobre si mesmas. O uso excessivo de internet e a perpetuação de padrões estéticos nas redes sociais seriam fatores que contribuiriam para esse declínio da autoestima, de acordo com o relatório.

Mas o que fazer para lutar contra isso e conseguir amar a si mesma? A atriz e ativista Jameela Jamil foi escolhida para ser a embaixadora da nova campanha de amor-próprio da The Body Shop e, por entrevista via Zoom, Universa anotou algumas dicas de "self-love" da artista britânica, famosa por seu papel pela série "The Good Place", da Netflix.

"Não" é uma sentença completa

Saber estabelecer limites, barreiras e conseguir dizer "não" para outras pessoas pode ser um bom exercício de amor-próprio, como reforça Jameela: "Eu tenho responsabilidade sobre como eu me mostro para outras pessoas e que limites eu posso deixá-las cruzar. Uma dica que eu adoro é que a palavra "não" é uma sentença completa."

Cuidado com as redes sociais

É fato que as redes sociais estão cada dia mais presentes no nosso cotidiano, ditando conversas, tendências e até comportamentos. Para a atriz britânica, estamos fazendo alguns progressos no jeito como usamos a internet (por exemplo, movimentos Me Too, Black Lives Matters e outros que ganharam força por causa da internet), mas ainda nos esquecemos que podemos fazer um trabalho melhor de "curadoria" do que consumimos.

"É preciso lembrar que podemos escolher o que vemos e devíamos fazer mais esforços para proteger nossas mentes de coisas ruins. Algumas pessoas podem servir de gatilhos para a sua autoestima e você não precisa segui-las. Você pode excluir, bloquear, ignorar. Já enfrentamos muita negatividade no mundo, especialmente sendo mulheres."

Não compare o seu corpo ao que você vê na internet

Em junho de 2020, Jameela acusou Kim Kardashian de perpetuar estereótipos irreais do corpo feminino. "Como muitas de nós, Kim passou por décadas de transtorno de imagem e obsessão. Isso tem sido fortemente perpetuado pelo quanto a mídia vasculhou a aparência dela e de suas irmãs", disse. A fala ganhou repercussão na época.

Na entrevista da semana passada, a atriz voltou a falar sobre o assunto e disse que gostaria de receber mais conteúdos sobre um jeito "realístico de levar a vida", para que a nossa mente parasse de comparar o que ela vê no espelho com o que ela vê na internet.

A artista também frisou a importância do Instagram e de outras redes sociais controlarem o que influencers e celebridades compartilham na internet, principalmente quando elas fazem propaganda de produtos de "life style" ou produtos de beleza. "Parece que elas sempre se esquecem de falar sobre os efeitos colaterais do que vendem", disse.

"Eu gostaria de ver mais vida real e menos propaganda", enfatiza Jameela. "Na verdade, eu queria ver mais cães, mais páginas de cães", adicionou brincando.