Americano processa clínica de aborto por não pedir seu consentimento
Um tribunal no Alabama, nos Estados Unidos, permitiu que um homem processe uma clínica de aborto por interromper a gravidez de sua ex-namorada sem seu consentimento. A corte reconheceu o feto como uma pessoa com direitos, embasando assim a queixa do homem.
No processo, Ryan Magers argumenta que implorou para que a ex-namorada não fizesse o procedimento em 2018. Ele citou os nomes da clínica que a atendeu e também da fabricante do remédio utilizado para abortar.
Em entrevista ao canal ABC 31, Magers afirmou que pretende "dar voz" a outros homens que querem opinar nas escolhas reprodutivas das mulheres. Ele também expressou seu apoio a outros homens que querem ter um filho apesar da vontade de suas parceiras.
O advogado de Magers, J. Brent Helms, alega que o processo não sobre é controlar a ex-namorada, mas sobre a "oportunidade para uma família." Quando questionado pelo site Refinery29 sobre a possibilidade de Magers adotar uma criança para realizar o desejo de ser pai, Helms respondeu que o cliente não considera essa opção.
A identidade da ex-namorada não foi divulgada porque a lei do estado garante o sigilo para mulheres que fizeram abortos, mas o advogado divulgou que ela tinha entre 17 e 18 anos na época.
Helms não respondeu perguntas sobre as consequências de uma eventual decisão a favor de seu cliente: como a paternidade seria provada no início da gestação? Quem seria responsável por cuidar da criança se a mulher for obrigada a prosseguir com a gestação? O que aconteceria em casos de estupro e incesto? "Acho que as respostas para essas perguntas deverão ser analisadas no futuro, dependendo da decisão da corte", afirmou o advogado.
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