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Marca francesa cria peças para mulheres se libertarem das roupas íntimas

Vestido da marca francesa Marcia, com abertura lateral - Reprodução/Instagram
Vestido da marca francesa Marcia, com abertura lateral Imagem: Reprodução/Instagram

De Universa, em São Paulo

09/01/2020 22h07

Uma marca francesa não quer que as mulheres usem roupas íntimas. Trata-se da marca francesa Marcia, da estilista Emma Reynaud. Ela criou vestidos justos, com recortes ousados nas laterais, que não permitem usar peças íntimas sem serem notadas, por mais fina que possa ser.

A marca foi lançada em junho de 2018, com sede em Paris e teve como base o que a estilista acreditava que ela e suas amigas gostariam de usar. "Meu grupo de amigas se tornou minhas primeiras clientes, além de uma grande fonte de inspiração", declarou Emma, em entrevista para a revista Vogue.

Com algumas passagens pela indústria da moda, a designer de moda lançou Marcia depois de ter seu segundo filho. "Era o desejo de fazer roupas que fossem sexies e fáceis de usar ao mesmo tempo".

Atualmente, conta com 24 opções, que carregam abordagens sustentáveis. Desde o começo, Reynaud usou um tecido composto de Econyl: um nylon regenerado com fibras feitas de resíduos resgatados de aterros e oceanos em todo o mundo.

"As coisas estão realmente mudando na França no momento. No geral, as pessoas estão prestando muito mais atenção em como gastam seu dinheiro, comprando roupas e móveis de segunda mão", analisou.

Usar peça única faz parte da abordagem ecológica da marca, mas, além disso, mulheres relatam a sensação de liberdade ao saírem de casa sem roupas íntimas. "Você ficaria impressionado com a quantidade de mulheres que me escrevem e me dizem como é emocionante andar pela rua, pegar um táxi ou ir a festas sem roupa íntima", disse.

Reynaud acredita a nova onda de mulheres que preferem não usar peças íntimas seja uma consequência do movimento #MeToo. "É reconfortante que as mulheres hoje tenham menos medo de usar esse tipo de roupa sexy e libertadora. Até certo ponto, também pode ter algo a ver com o contexto político atual. Nos anos 60, as mulheres queimavam seus sutiãs - agora é hora de deixar sua calcinha em casa!".