Escola premia as "maiores bundas e peitos" entre líderes de torcida nos EUA

A escola norte-americana Tremper High School está sendo alvo de críticas após a treinadora das líderes de torcida premiá-las no final da temporada com base em seus corpos, com troféus como o de "maior bunda" e "maiores peitos".
Segundo o "The New York Times", que apurou o caso, a treinadora Patti Uttech distribuiu esses "prêmios" às meninas em frente aos demais 100 alunos e pais na celebração da equipe, em março de 2018.
Após o evento, os pais das alunas se queixaram sobre o uso da linguagem escolhida pela representante da escola e o assédio moral do qual as meninas foram vítimas. O discurso fez com que algumas alunas voltassem para a casa chorando ou abandonassem a equipe.
Ainda de acordo com o "The New York Times", o diretor da instituição escolar, Steve Knecht, recebeu pelo menos quatro cartas de alunas reclamando sobre o ocorrido.
"Olhei em volta e pensei: 'isso realmente aconteceu?'. Se minha filha tivesse ganhado um desses prêmios, eu iria direto para o palco. Foi tão errado, de várias formas", disse uma mãe ao jornal norte-americano.
Dois meses após a repercussão, o diretor de recursos humanos do distrito escolar enviou uma carta para Patti Uttech pedindo a sua renúncia e um pedido de desculpas às garotas que foram "premiadas".
"Entendemos que estamos em um mundo politicamente correto nos dias de hoje, mas gostaríamos de nos divertir e manter algo mais leve", escreveu ela em uma carta à Steve Knecth, em que se recusou a renunciar o seu cargo.
A decisão da treinadora fez com que um dos pais entrassem em contato com a União Americana pelas Liberdades Civis, ONG norte-americana sediada na cidade de Nova York cuja missão é "defender e preservar os direitos e liberdades individuais garantidas a cada pessoa neste país pela Constituição e leis dos Estados Unidos".
"É de nosso entendimento que treinadores contratados pelo Distrito e que se envolveram em assédio e discriminação sexual. Consideramos uma ação judicial contra o distrito escolar", afirmou a organização em carta obtida pelo "The New York Times".
Enquanto a situação não é resolvida, Patti Uttech já planeja o banquete da equipe para 2019; e dessa vez os pais não serão convidados.
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