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Os professores do seu filho sabem mais da sua intimidade do que você pensa

Criança é símbolo de espontaneidade e os "prôs" são confidentes  - iStock
Criança é símbolo de espontaneidade e os "prôs" são confidentes Imagem: iStock

Beatriz Santos e Marina Oliveira

Colaboração para Universa

16/09/2018 04h00

Para quem tem filho, não é novidade: criança é símbolo de espontaneidade. Para os professores de educação infantil também não é, porque eles são confidentes dos pequenos, que contam quase tudo o que veem, escutam e percebem em casa.

Na reunião de pais, o professor pode até disfarçar, mas, acredite, ele sabe sobre os temas a seguir. É isso que eles contam aqui:

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O seu apelido de casal

“Uma vez, pedi para os meus alunos do 2º ano do ensino fundamental escreverem uma redação para o Dia dos Pais e uma aluna falou : ‘Prô, posso colocar o apelido que minha mamãe deu para o meu papai?’. Eu falei que, claro, poderia, sim. E perguntei o apelido, imaginando ser o diminutivo do nome dele, um homem supersério que sempre estava nas reuniões. Então, ela respondeu: ‘É Batman’. Depois disso só conseguia imaginar a cena da mãe chamando o marido do nome de um super-herói.” Mariane, 22

Os seus gases

“Trabalhava em uma escola de classe média alta e lembro bem da mãe de uma das crianças que era bem arrogante. O filho dela, por outro lado, era um fofo. E bem falante! Um dia, ele chegou à escola rindo e, ao ser questionado sobre o motivo, caiu na gargalhada e disse: ‘Hoje a mamãe soltou um pum tão fedido no carro, que tivemos que abrir todos as janelas!’. Eu ri e foi difícil olhar para ela da mesma forma na hora da saída”. Neusa, 34

E também sobre a sua saúde intestinal

“Estava dando aula no ensino fundamental e, já no fim do horário, uma aluna levantou a mão perguntando se não podia liberá-los mais cedo --faltavam uns dez minutos para acabar. Eu disse que não poderia, era preciso esperar o sinal bater. Aí ela falou que a mãe dela estava mandando várias mensagens para ela sair logo, que estava lá na frente esperando ‘com a maior caganeira’ e tinha que ir no banheiro rápido. Pronto! A turma toda caiu na risada e eu também. Acabei liberando a menina mais cedo, coitada.” Ricardo, 40

As suas dirty talks

“Eu dava aula para os pequenininhos e uma menina de três anos chegou na sala toda feliz. Quando fomos conversar, me disse que tinha descoberto que a mãe dela era uma fada. Eu, inocente, perguntei como ela descobriu. Ela respondeu que ouviu o pai dela falando durante a noite: ‘Você é minha sa-fada’. Caí na risada na hora, não deu para evitar! Fiquei tão desconcertada na hora que mudei o assunto rapidinho.” Mariana, 32

As suas descobertas conjugais

“Uma aluna, na época com sete anos, quando perguntei como tinha sido o fim de semana dela me contou, na maior naturalidade, que a mãe havia descoberto que o pai tinha uma outra filha, fora do casamento. Ela disse assim: ‘Eles brigaram, mas já está tudo bem de novo!’. Faz alguns anos isso e eu continuo sendo professora dela. Parece estar tudo bem, mesmo.” Cibele, 54

E a bebedeira da noite passada

“Eu lecionava em uma escolinha infantil e tinha um aluno que eu conhecia a mãe das reuniões, era uma moça bem séria, sempre o deixava na porta no horário certinho. Um dia ele chegou um pouco mais de meia hora atrasado e eu fui perguntar o que tinha acontecido, queria saber se estava tudo bem. Ele respondeu: ‘Tudo bem, professora. É que ontem meu pai chegou tarde em casa e a minha mãe deu uma bronca nele’. E continuou, com naturalidade: ‘Aí, hoje de manhã, eles brigaram outra vez, porque quando fomos sair com o carro, ela viu que o papai tinha vomitado lá dentro e disse que o cheiro estava ruim. Aí, ela fez ele limpar e tivemos que esperar’.” Juliana, 31