Topo

Mãe diz que filha de 4 anos teve boca colada com esparadrapo por professora

Noemi Isabelly, de 4 anos - Reprodução/Facebook
Noemi Isabelly, de 4 anos Imagem: Reprodução/Facebook

Da Universa

05/09/2018 18h55

Na sexta-feira (31), a comerciante Jéssica Araújo usou o Facebook para denunciar a atitude da professora de sua filha, Noemi, de 4 anos, que teria tampado a boca da menina com uma fita adesiva para mantê-la calada durante a aula. 

Segundo a mãe, a criança teria chegado em casa triste, com vergonha e com resquícios de cola na boca, reclamando de dor. 

Veja também

"Não importa o motivo, nada do que minha filha fizesse daria o direito de colar com fita adesiva a boca de uma criança de 4 anos", disse Jéssica, mostrando fotos da boca inchada de Noemi. 

O caso teria acontecido na Escola Estadual Francisco Tavares de Oliveira, em Jandira, na Grande São Paulo. 

No dia seguinte, a mãe voltou às redes sociais para dizer que a filha e alguns coleguinhas -- os quais relataram também que teriam sido "calados" pela mesma professora, identificada como Val -- estão com medo de voltar às aulas. 

"Ela perguntou se a professora estaria lá e eu disse que não, mas reclamou de dor de barriga", relatou a mãe, sobre o nervosismo da filha, que voltou à escola na terça-feira (4). 

Em vídeo, Noemi e uma outra criança, Duda, da mesma idade, contam que a professora ameaçava os alunos dizendo que, se eles falassem, teriam a boca tapada e seriam mandados à diretoria.

"Eu falei com outras mães de alunos que estudam na mesma sala e a história foi confirmada. A professora realmente coloca esparadrapo na boca das crianças. Como elas mesmas dizem, 'cada vez é uma [criança]'", disse Jéssica. 

A mãe até então não havia recebido nenhuma reclamação da escola em relação ao comportamento da filha. "Se ela está indisciplinada, eu sou a mãe e deveria ser informada." 

De acordo com Jéssica, ela e o pai da menina prestaram queixa sobre o caso à direção da escola e registraram boletim de ocorrência por lesão corporal, além de terem submetido a menina a exames de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal).

Universa procurou a Secretaria de Educação de Jandira, mas não teve resposta até a publicação desta matéria.