Morre o estilista Ocimar Versolato, aos 56 anos
Ocimar Versolato morreu, aos 56 anos, em São Paulo. A informação foi confirmada pela sobrinha Yasmine Versolato, pelo Facebook. O corpo será velado e sepultado hoje das 9h às 16h, na Vila Euclides, em São Bernardo do Campo - terra-natal do estilista. Ocimar teria sofrido um AVC e foi internado no hospital São Paulo, onde faleceu nesta sexta (8).
Ícone da moda nos anos 90, vestiu famosas como Sonia Braga, Betty Lago e Luiza Brunet, e foi responsável pelos figurinos de cantores como Ney Matogrosso e Edson Cordeiro além de apresentar suas coleções em grandes centros fashion, como Paris. Na capital francesa, foi o primeiro brasileiro a dirigir uma maison - a Lanvin-, no final dos anos 1990.
Em 2004, o estilista foi responsável pela assinatura de uma versão do carro C3, da Citroën e, em 2009, lançou uma linha de cosméticos que também levava seu nome. Recentemente, Versolato havia lamentado a morte de dois de seus ídolos, com quem conviveu na capital francesa: Liliane Bettencourt, dona da L'Oreal falecida em setembro, e o estilista Hervé Léger, morto em outubro.
Suas últimas fotos nas redes sociais mostram o estilista recluso do mundo da moda, mas cercado de amigos.
Repercussão
Em entrevista ao UOL, o também estilista Vitor Zerbinato lamentou a morte do colega: "Ocimar fez as peças arquitetônicas e estruturadas mais lindas que já vi. Uma arquitetura moderna e cheia de sensualidade. Sempre serei fã do trabalho dele".
Crítico afiado
Em 2005, ao lançar seu livro "Vestido em Chamas", livro de Ocimar Versolato, espalhou veneno pelo mundo fashion.
"Ao pisar novamente aqui (Brasil), encontrei esboços de um provincianismo exagerado", escreve no livro de 203 páginas, editado pela Aleph. "Não sou como alguns estilistas daqui, que a cada estação copiam uma coleção e mantêm, entre si, o acordo tácito de não copiarem as mesmas grifes: um copia a Balenciaga, o outro a Comme des Garçons, o outro a Prada e o outro a Gucci."
Um de seus alvos era a modelo alemã Claudia Schiffer, a quem ele recusa em um desfile na Coréia do Sul. "(...) não serve nem para santinho de caminhoneiro e muito menos para pôster de oficina de mecânica", escreve sobre ela.
Versolato também revela algumas de suas próprias "barbaridades tupiniquins": "falsificávamos crachás da imprensa e credenciais, roubávamos convites nas portas dos hotéis, passávamos o dia planejando uma maneira de garantir acesso", escreve logo no início, quando conta seus dias de estudante na época dos concorridíssimos desfiles franceses.
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