Vídeo com bebê tendo orelha furada retoma polêmica. Colocar ou não brincos?
O vídeo de uma bebê de 4 meses e meio está causando polêmica nas redes sociais. A briga não é nova: furar ou não furar as orelhas de bebês? Para muitos internautas, é uma espécie de mutilação como a circuncisão, por exemplo), para outros, é uma questão cultural que não deve ser levada de maneira tão radical.
Mas será que colocar brincos tão cedo é um risco para a saúde da criança? Em entrevista ao UOL, o médico José Gabel, da Sociedade de Pediatria de São Paulo, acredita que não há problema em furar as orelhas de uma criança, desde que se tenha alguns cuidados e algumas coisas em mente.
“No ponto de vista social e no ponto de vista cultural, o assunto de furar a orelha é sempre controverso. No sentido acadêmico, a prática é autorizada pela Anvisa e não é um problema, desde que seguidas normas de higiene”, diz.
Idade ideal
"A Associação Americana de Pediatria contraindica antes dos dois meses de idade e prefere que a criança esteja vacinada pelo menos com a antitetânica”
Criança sente dor, sim
Não se engane em achar que a criança não vai nem perceber que terá as orelhas furadas. Existem terminações nervosas até mesmo no lóbulo da orelha. A dor é menos intensa, mas inevitável. Em muitos casos, é aplicado um anestésico antes do furo para evitar isso.
Higiene é fundamental
Deve-se levar em conta se a pessoa que vai fazer o furo vai estar com luvas, se vai usar material estéril, se o local é limpo, se será feito o uso de pistola, somente do brinco, ou os dois. “É uma opção da família, mas deve-se reduzir ao máximo o risco de efeitos adversos, como alergias, dermatite e sangramentos, por exemplo”, lembra o médico
Não é qualquer brinco
As peças mais recomendadas são as de material puro, com preferência para ouro e aço cirúrgico. Mas não é só isso. Deve-se ficar atento se há tarracha ou pingentes e se estes ficam firmes na orelha da criança para que não exista o risco da criança engolir o brinco. Também é importante ficar atento a chances da peça enganchar em roupas ou cobertores.
Papo de família
Apesar de não haver problemas no ponto de vista médico e ser uma opção de cada família, vale pensar se é mesmo uma urgência. Será que não vale esperar um pouco para saber se a criança quer mesmo usar brincos?
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