E-commerces melhoram experiência para cliente que teme comprar roupa online
Lojas online já não são mais novidade e tornaram-se a primeira opção de muitas pessoas que precisam renovar o guarda-roupa. Entretanto, apesar de esse tipo de comércio ser cada vez mais comum, ainda existem pessoas que têm receio de comprar roupas pela internet, seja por não acharem o ambiente seguro ou por ficarem com medo de a peça adquirida não servir ou não ser bem aquilo que esperava --apostando, como alternativa prática, até em marcas que comercializam seus itens de moda via WhatsApp.
Por isso, alguns e-commerces têm investido cada vez mais em ferramentas que ajudem o consumidor, tornando a experiência mais interessante para o cliente na hora de encher o carrinho virtual. "Hoje em dia, com tantas opções, não é mais o produto só que faz diferença. O que faz a gente comprar é como eu me sinto e o quanto eu sou valorizada e diferente dos outros", acredita Gabriella Otto, professora de Educação Executiva da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing).
Chat com personal stylist
Um dos problemas que a compra online pode causar é a dúvida na hora de escolher a peça. Será que tem a ver com o seu estilo? Combina com quais outras que você tem no armário? Por isso, para ter com quem esclarecer esses tipos de perguntas, a Shop2gether disponibiliza um chat online com personal stylist na sua página de e-commerce. "A gente tem uma pessoa que pode dar dicas de consumo para o cliente no momento da compra. É uma forma também de se aproximar do consumidor, a aquisição deixa de ser solitária e a experiência se torna outra", explica Ana Isabel Carvalho Pinto, sócio-fundadora e diretora de marketing da Shop2gether.
Além disso, a loja virtual oferece a ferramenta Find my Size, que sugere o tamanho de cada peça que o cliente usa de acordo com as medidas que ele fornece para o site. "Isso faz com que se personifique o consumo e com que a pessoa se sinta mais à vontade", acredita a empresária.
Provador virtual
Se as dicas de um personal stylist ainda não convenceram, a Dafiti, e-commerce multimarcas, tem em seu site o dafitiME, um provador virtual que possibilita que o cliente “experimente” as roupas online por meio de um avatar, que ele próprio cria, com suas medidas e características. "Uma das perguntas que sempre surgia dos consumidores era: será que a peça vai caber em mim? Será que vai ficar legal? Por isso, queríamos oferecer uma solução que trabalhasse mais essa interatividade", explica Malte Huffmann, sócio-fundador da Dafiti.
Esse serviço também tenta conquistar as pessoas mais inseguras, que não se sentem confortáveis em comprar a peça sem experimentar no corpo. "Esse tipo de tecnologia otimiza e apazigua insegurança do consumidor em um ambiente digital e faz com que ele concretize a compra com mais facilidade", aponta Otávio Lima, coordenador da pós-graduação Master em Negócios e Varejo de Moda da Universidade Anhembi Morumbi.
Do online para o físico
Já a Amaro, marca originalmente virtual, decidiu se aventurar pelo offline e abriu duas loja física nos shoppings Pátio Higienópolis e Morumbi, na capital paulistana, onde disponibilizam as mesmas peças que são vendidas em sua loja online, sem estoque. "Como a Amaro nasceu online, queremos proporcionar uma experiência nos nossos Guide Shops que coloca os produtos em foco. Queremos que nossos clientes toquem, provem e experimentem nossas peças", diz Dominique Schweingruber, CEO da Amaro.
Dessa forma, quem chega à loja da marca pode experimentar as roupas com a ajuda de uma stylist, realizar a compra e recebê-las em casa ou, então, optar pela compra online e fazer a retirada na loja --que passará a ter o item em questão devido à encomenda realizada via web. A intenção, segundo Schweingruber, é proporcionar uma prática de compra cada vez mais integrada entre o online e o offline. "Nós estamos em um momento em que a virtualização é uma tendência natural, o que gera a necessidade de integração de todos os canais na moda", indica Regiane Romano, Doutora em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas e especialista em varejo.
Interação com o produto
Entretanto, na opinião do stylist e coordenador de pós-graduação da Faculdade Santa Marcelina, Marcio Banfi, apesar de toda a praticidade dessas ferramentas, a interação com o produto ainda é muito importante. "A intenção de misturar moda e tecnologia é ótima e pode ajudar quem não gosta ou tem pouco contato com a roupa, mas é importante que as pessoas não percam o hábito de ir às lojas", acredita.
Segundo Banfi, ainda que se possa ver a peça no corpo de maneira virtual, ou mesmo ter a ajuda de um profissional online, não dá para saber qual é o real caimento da peça, por isso a importância de se interagir com ela. "Essas ferramentas são uma forma de chamar o cliente, tentar diferenciar o seu trabalho e a sua marca, mas é essencial que a pessoa também possa se conhecer e desenvolver o senso crítico do que realmente fica bom nela ou não", finaliza.
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