Aplicativos de celular são o passatempo favorito das modelos na SPFW

Elas saem de um desfile, correm para outro, refazem maquiagem e cabelo, trocam de roupa. Na espera para vestir novos looks, às vezes rola um tempinho livre para descansar em uma sala apertada ou correr para a área externa do backstage, para fumar um cigarro. Essa é a rotina de grande parte das modelos que desfilam na SPFW.
E, hoje em dia, nada como os aplicativos para preencher as horas vagas. Com os superpopulares Snapchat, WhatsApp, Instagram e Candy Crush, os smartphones têm sido os salvadores do tédio entre as modelos. E, segundo algumas, dá até pra paquerar.
Se é comum ver pessoas mirando obcecadamente a tela dos celulares em qualquer lugar, no backstage de um evento de moda não seria diferente. Quando não estão papeando com colegas e agentes, as modelos estão por aí com seus telefones em mãos. “Estou sempre no Snapchat e WhatsApps, porque é uma forma de estar em contato com a minha família e com as amigas mais próximas, já que a gente viaja o tempo inteiro”, comenta a modelo Paula Mulazzani.
Paquera virtual
Lana Forneck conta que, às vezes, rolam paqueras por outros aplicativos com modelos. “Eles são lindos, passo meio mal (risos)”, conta. “Nunca tentei acionar o Tinder aqui, mas o que rola é adicionar os gatinhos no Snapchat ou WhatsApp e ir conversando.”
E entrega: “Mas eu prefiro mesmo o Snapchat, porque a gente consegue mandar umas fotos mais ‘comprometedoras’ que acabam sendo apagadas rapidamente pelo aplicativo. Assim não corre o risco de vazar (mais risos)."
Sentadas no chão de uma pequena sala no backstage da estilista Fernanda Yamamoto, as modelos Sophia Bordignon, Milena Golfetto e Elle Ferraz estavam lado a lado, cada uma com seu smartphone em mãos.
“O Candy Crush é ótimo como passatempo porque a gente às vezes fica um pouco entediada”, disse Sophia. “Aí a gente acaba entrando também no WhatsApp para conversar com os amigos.” E rola paquera? Para Milena, não. “Modelos não me atraem, acho eles um pouco bobos. Prefiro caras de fora da moda.
Na contramão
Mesmo com o vício nos smartphones, ainda dá para encontrar quem prefere deixar o tempo passar, digamos assim, à moda antiga. Cercada por colegas com seus dispositivos móveis em mãos, a modelo Anna Laura se entretinha com uma clássica revista de Palavras Cruzadas.
“Às vezes, até pego meu celular, mas não adianta, porque é com Palavras Cruzadas e livros que eu realmente sinto o tempo passar mais rápido”, conta, afirmando ser fã dos romances de John Green, autor de “A Culpa é das Estrelas”. "Me concentro aqui no meu canto e, quando vejo, já é hora de ir para a passarela.”
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