"Criarei o que acho que deve ser Paco Rabanne hoje", diz novo estilista da marca
Manish Arora, estilista indiano adorado pelos japoneses, admirado pelos franceses por sua técnica artesanal e seu talento em saber misturar tantas cores numa mesma coleção, ofuscou a atenção que a imprensa daria ao próprio desfile, apresentado nesta quinta (3), graças ao seu novo emprego: cabe a ele ressuscitar a parte de moda da Paco Rabanne.
Sem lançar roupas há quatro anos, desde que o próprio Paco Rabanne deixou a marca, a maison responsável pela criação de um dos ícones da moda do século 20 - o vestido tubinho de placas de metal, símbolo do futurismo retrô dos anos 1960 - ganha nova fase no século 21 e cria expectativas sobre como será seu estilo, agora nas mãos de um estilista indiano, que faz questão de reafirmar sua origem no que define como uma leitura contemporânea do que a Índia é hoje.
E o que poderá ser percebido do estilo de Manish Arora na nova Paco Rabanne, pergunta o UOL Estilo ao designer? "Paco Rabanne será Paco Rabanne. O que posso dizer é que criarei [o estilo] que [acredito] que deve ser [o da marca] Paco Rabanne hoje", diz Arora, que afirma ainda não poder contar mais detalhes.
Sediado em Nova Déli, na Índia, Manish Arora já começou a trabalhar para a grife e passará esta semana em Paris por conta da nova coleção da maison, que será apresentada na edição para o Verão 2012 da semana de moda parisiense, em outubro que vem. Na próxima quinta (8), acontece o lançamento da linha de acessórios Paco Rabanne, assinada por Judy Blame. A ideia, porém, é que Manish assuma também esta parte.
Mágica, cores e rebeldia na passarela
Além da riqueza em cores e bordados das roupas de Manish Arora para o próximo inverno europeu, o estilista promoveu mais uma atração para os fashionistas que assistiram ao desfile na manhã desta quinta (3): um show de mágica ao vivo. Para tanto, o designer contratou Jack Cooper, um mágico belga, para que ele ensaiasse os truques com um ator. Inteiro de preto, com barba longa, o "mágico cenográfico" abriu o desfile ao colocar fogo em uma caixa de vidro de onde saiu a primeira modelo. Depois, fez surgir a mesma modelo de dentro de uma caixa vazia, colocada no meio da passarela e, por fim, o clássico número em que, dentro da caixa, as partes de cima e de baixo do corpo são separadas.
Na coleção, a cartela de cores, embora variada, beneficiava tons não tão vivos, com várias combinações de cores frias. A alegria indiana multicolorida foi quebrada, além dos tons escolhidos, por um espírito de rebeldia vindo das modelagens ajustadas e esculturais e de um espírito levemente rock&roll visto em aplicações de metais.
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