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Roteiro traz mais de 150 endereços de compras no Bom Retiro, Brás e 25 de Março

ANTONIO FARINACI

Colaboração para o UOL

22/12/2010 11h24

Bom Retiro, Brás e 25 de Março já são, no ideário do consumidor brasileiro, sinônimos de moda popular, bons negócios e multidão. Diariamente, essas três regiões de São Paulo recebem juntas cerca de um milhão de pessoas —especialmente lojistas de outras regiões do país que abastecem seus estabelecimentos com os produtos distribuídos ou fabricados nesses locais.

Cada vez mais, no entanto, esses polos de atacado (venda em grandes quantidades para lojistas) têm aberto suas atividades também para o varejo, uma vez que mais e mais consumidores finais (não apenas comerciantes ou revendedores de roupas) têm procurado as lojas da região. Nos links abaixo, você encontra um guia de varejistas em cada uma dessas regiões, num total de mais de 150 endereços de lojas de roupas e acessórios. Cada roteiro vem com um mapa para a localização de cada sugestão.
 

  • Nelson Antoine/Foto Arena/AE

    A poucas semanas do Natal, a rua 25 de Março, no centro de São Paulo, já estava abarrotada de gente

Mas o que leva tanta gente a procurar essas regiões para fazer compras? "O bom preço é o principal atrativo desses locais", analisa Elaine Brito, do Programa de Administração de Varejo da FIA (Fundação Instituto de Administração). "Como a maioria das lojas tem um fabricante por trás, a cadeia que leva o produto ao consumidor tem menos intermediários, o que faz com que os preços sejam mais baixos", afirma a professora.

Outra explicação para os bons preços é a concorrência acirrada. Com centenas de marcas e confecções, lado a lado, competindo pelo espaço, é preciso fazer boas ofertas para atrair a preferência do consumidor.

A despeito de toda a diversidade de mercadorias que se encontra nessas áreas, no entanto, cada região tem uma "especialidade" que se sobressai. O Brás é conhecido pela grande quantidade de lojas e confecções de jeans, e o Bom Retiro, pela moda feminina. "Esses estabelecimentos fazem deles os maiores fornecedores de roupa do Brasil", garante Elaine. Já a região da 25 de Março é famosa hoje pelas lojas de bijuterias, que nas últimas duas décadas suplantaram a primazia do comércio de tecidos e armarinhos que caracterizavam a atividade na região desde pelo menos o início do século 20.

Seja lá o que você estiver procurando, antes de fazer compras num desses locais, é bom ter em mente que, em maior ou menor grau, essas regiões são todas direcionadas para o atacado. O Brás é o polo menos flexível. Lá, a maioria das lojas vende apenas atacado, exige cadastro do comprador e a aquisição de uma quantidade mínima de peças. "Muitas lojas não querem fazer varejo para não competir com seus próprios clientes, que já revendem suas mercadorias", diz Inês Ferreira, secretária executiva do Alobrás, associação que congrega empresas do bairro. No outro extremo, a 25 é a mais tolerante. Mesmo os estabelecimentos atacadistas da região estipulam valores mínimos razoáveis (de R$ 30 a R$ 50) e raramente exigem cadastro de pessoa física do comprador.

Como o varejo não é a atividade principal dessas lojas, a maior parte delas oferece uma relação bem "resumida" com o consumidor: "O cliente tem que saber o que quer, pois não tem ninguém nos estabelecimentos para ajudar a escolher, e ver o que fica melhor", lembra Elaine, da FIA. A maior parte das lojas sequer tem provadores. Para não comprar sem experimentar, Kelly Cristina Lopes, da Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro, dá uma dica valiosa: "Roupa de academia é ótima para fazer compras por aqui", aconselha, "porque muitas lojas deixam provar por cima da legging e da camiseta".

No último ano, as regiões da 25, Brás e Bom Retiro têm contado com um programa especial da Polícia Militar, que aumentou a segurança nesses locais. Ainda assim, por serem áreas de grande aglomeração de pessoas, é importante também estar atento aos seus pertences. "Transportar bolsas junto ao corpo, de preferência na frente, e evitar abrir a carteira e contar dinheiro em público", são dicas do sargento Thiago da Silva, da Polícia Militar, encarregado da administração da companhia que faz o policiamento da 25 de Março. E, em caso de furto ou roubo, deve-se procurar um PM ou o posto policial mais próximo (veja a localização nos roteiros de cada área).