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Cuecas ganham novas cores e padronagens

09/08/2010 07h00

Existe imagem pior para o homem do que, antes do sexo, tirar sua roupa e aparecer uma cueca velha, frouxa e ainda por cima furada? Se este for o seu caso, ou se tem uma assim, jogue tudo fora e compre algumas novas já. Hora H vai lhe apresentar os novos modelos de cueca para que você não passe mais vergonha. Mas, antes, conheça um pouco a história da peça e como ela se tornou um item fashion graças à propaganda.

  • Stock Images

    As suas cuecas estão "sem graça" como as do varal? Que tal renová-las?!

O exemplo mais antigo de roupa íntima masculina vem dos homens das cavernas, que usavam tiras de couro e pele de animais como proteção das partes mais sensíveis. Mas foi no século 12, por causa das armaduras, que os cavaleiros começaram a usar faixas de linho como proteção contra o metal.

No século 16, o ancestral da cueca era feito de tecidos como seda e tafetá e já começava a ser costurada, em vez de usar as fitas e alfinetes de outrora. Em 1830, as roupas íntimas masculinas passaram a ser feitas de flanela e algodão e se tornaram os modelos mais usados. Os “shorts íntimos” foram a novidade que chegou com o século 20, quando as cuecas passaram a ser fabricadas com tecidos elásticos e se tornaram mais confortáveis.

Todavia, foi em 1990 que os modelos de cuecas se tornaram mais diversificados, oferecendo algo além slip bem tradicional, com peças inspiradas nos esportes como o boxe e o ciclismo. Atualmente, as pesquisas na área estão voltadas para novos tecidos e modelos sem costuras.

  • Divulgação

    Propagandas famosas da Calvin Klein, com Tom Hinthnaus e Marky Mark

Propagandas que fizeram história
A cueca ganhou seu status fashion quando Calvin Klein resolveu lançar sua linha íntima. Em 1983, Bruce Weber fotografou o jogador de pólo aquático nascido no Brasil Tom Hintnaus, que se tornou o primeiro homem a ser fotografado para uma campanha de cueca. A revista “American Photographer” a escolheu como uma das 10 fotos que mudaram a América.

Outro anúncio que fez muito sucesso foi em 1992, quando a própria Calvin Klein espalhou cartazes gigantes na Times Square, em Nova York, com fotos de Herb Ritts do então cantor de rap Marky Mark (apelido do ator Mark Wahlberg no início da carreira). Ele estrelou filmes como “Boggie Nights” (1997) e foi indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante por “Os Infiltrados” (2006), de Martin Scorcese.

No século 21, foi a vez dos jogadores de futebol servirem de modelos para campanhas da italiana Emporio Armani. A primeira foi com o jogador inglês e símbolo metrossexual David Beckham, que por três anos desde 2007, foi o modelo preferido da marca. Este ano, Beckham foi substituído pelo astro português Cristiano Ronaldo.

Depois de usar um time de rúgbi e de pólo aquático para suas campanhas, a Dolce & Gabbana convidou a seleção italiana para o lançamento da linha de peças íntimas, chamada “Calcio” (futebol, em italiano). Nas imagens, os jogadores aparecem de cuecas em clima de vestiário.

  • Divulgação

    Sugestões de cuecas e mais cuecas diferentes para comprar

Novos modelos de cueca
Como pode notar, milhões são gastos em propagandas para que você se convença o quanto esta peça é importante, mesmo que não seja tão vista quanto um jeans ou uma gravata.

Basicamente, temos quatro tipos de cuecas: slip (com a lateral mais estreita), boxer (mais parecida com shorts, curto e justo), sungão (intermediária entre a slip e a boxer) e a samba-canção (short mais largo e solto). Não existe um modelo melhor do que outro, é uma questão de escolha pessoal. É imprescindível, no entanto, que elas não fiquem apertadas em hipótese alguma.

A grande novidade na área é a volta das cores mais fortes, inclusive o polêmico vermelho, que vêm rivalizar com os tradicionais preto, branco e cinza. Até pouco tempo atrás, a cueca vermelha era considerada cafona, tanto por homens, quanto por mulheres, mas parece haver uma corrente atual a favor do tom. Além das cores lisas, padronagens como listras e xadrez também estão em alta, tirando a peça da sua monocromia habitual.

E você, vai pegar carona nesta nova onda?

Colaborou nesta coluna Paula Baraldi