Obras de arte e baile à fantasia de Marcelo Sommer no MAM fecham 1º dia de SPFW

O MAM (Museu de Arte Moderna), no prédio ao lado da Bienal, já foi cenário de desfiles do São Paulo Fashion Week inúmeras vezes. Com as paredes vazias. No desfile da Do Estilista, grife de Marcelo Sommer, todos as obras da exposição "Quando Vidas se Tornam Formas: Diálogo com o Futuro - Brasil - Japão", de trabalhos de Jum Nakao a Helio Oiticica, permaneceram na sala.

A participação especial artística foi o motivo do atraso da apresentação e do tumulto na porta do MAM, por onde uma leva de cerca de vinte pessoas podia entrar por vez. Já todos acomodados ao longo dos ambientes do museu, o desfile começa: longe de ser uma proposta para a próxima estação em termos de tendências de moda, o Verão 2008/09 de Marcelo Sommer é uma grande brincadeira. No bom sentido. As fantasias de Carnaval viram ponto de partida para a construção de imagens que brincam com este imaginário da roupa usada para fingir-se de outro. Um outro que não existe, a não ser na ficção dos contos de fada, das histórias em quadrinhos, dos filmes, e de onde mais surgirem as imagens clássicas da bailarina, da índica, do palhaço, da enfermeira, e assim por diante.
 

Entrevista com Marcelo Sommer
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Dentro dessa proposta, Sommer jogou com os efeitos das cores e estampas em vestidos de festa como o tomara-que-caia com o corpo todo drapeado, cintura baixa deslocada, saia rodada drapeada, tudo em tule. Era a bailarina. Em outros momentos, cintura marcada, saia rodada volumosa, como no vestido rosa de bolinhas brancas.

O rosa, mais precisamente o pink, bem forte, deu o tom da coleção, acompanhado do branco, do creme, e da estampa xadreza em pink, creme, preto e pitadas de azul, que foi vista em vários modelos, com destaque para a versão xadreza da burca.