Britânicos e americanos fazem implante facial por barba 'hipster'

A moda hipster, popular entre jovens de metrópoles americanas e europeias, fez surgir uma novidade: o implante de barbas, como símbolo de modernidade e virilidade.
Tanto na Grã-Bretanha como nos Estados Unidos, clínicas de estética afirmam que se multiplicou nos últimos anos o número de homens interessados no procedimento.
Bassam Farjo, médico de uma clínica britânica, foi o primeiro do mundo a realizar um transplante de barba, em 1996.
A cirurgia pioneira visava recuperar a face de um paciente vítima de queimaduras severas.
"A princípio, era um serviço para quem queria esconder cicatrizes", diz Farjo à BBC Mundo. "Mas ultimamente cada vez mais homens buscam (o procedimento) como mera questão de moda."
'Efeito Paxman'
O médico diz que se trata de um "efeito Paxman", em referência ao jornalista britânico da BBC Jeremy Paxman, cuja barba levou muitos britânicos a querer crescer as suas.
Farjo realiza "um ou dois" implantes de barba por mês, ainda que os implantes capilares continuem sendo mais populares (entre 25 e 30 por mês na clínica).
"A (barba) de Brad Pitt é a mais buscada pelos homens de 40 anos, enquanto os entre 20 e 30 preferem a de David Beckham", conta. "Talvez Paxman se torne o exemplo de homem atraente pra homens entre 50 e 60."
Um implante completo de barba custa entre US$ 7 mil e US$ 8 mil, e o procedimento dura cerca de sete horas. "Depende do tipo de pelo do paciente e da densidade que ele queira."
Se ele quiser apenas esconder áreas em que o pelo não cresce, o preço cai para US$ 2 mil a US$ 3 mil.
O normal é que o resultado dure para a vida inteira.
"O pelo transplantado se comporta igual ao da região onde foi extraído", diz o médico. "Se saiu da nuca e esta começa a perder cabelo, o da barba também cairá."
Nos Estados Unidos, Kevin Ende começou a oferecer esse serviço em 2007. E nos últimos anos o procedimento se tornou um dos principais em sua clínica em Nova York, com uma média de dois a três consultas por semana.
"O transplante de pelo facial se popularizou em grande parte porque as pessoas perceberam que o resultado pode ser muito natural", disse ele à agência Efe.
O consultório da médica Yael Halaas, também em Nova York, costumava receber mulheres que estavam mudando de sexo ou judeus ultraortodoxos, comunidade em que a barba tem papel importante.
"Mas há cerca de três anos chegam por mês ao menos quatro ou cinco hipsters entre 20 e 30 anos que querem a barba por uma questão de moda", conta.
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