UFPB cria respirador que custa R$ 2.000, 96% mais barato que os convencionais
Pesquisadores e professores da UFPB (Universidade Federal da Paraíba) criaram um respirador pulmonar de baixo custo e tornaram a licença gratuita para qualquer interessado produzir o equipamento e ajudar unidades de saúde no combate à covid-19. O equipamento conta com os marcadores de parâmetro vitais e ainda tem controle remoto por celular.
"A parte básica do equipamento está orçada em torno de R$ 400, e o equipamento como produto final vai chegar em torno de R$ 2.000", conta Petrônio Filgueiras de Athayde Filho, diretor-presidente da Inova (Agência UFPB de Inovação Tecnológica).
O valor do equipamento é muito abaixo daquele que vem sendo oferecido por empresas a municípios, com preços de R$ 55 mil a 90 mil. Usando o valor mais baixo como referência, o preço final do respirador da UFPB seria 96% inferior.
O novo equipamento teve pedido de patente feito em 2 de abril junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) e aguarda a certificação para poder ser usado.
O respirador foi desenvolvido pelo Centro de Ciências Exatas e da Natureza e pelo Centro de Informática após um desafio lançado pela Inova. Os responsáveis pela invenção são os professores Railson Ramos, Mario Ugulino, Válber Almeida, Tiago Maritan e Marcos Alves.
"Com esse problemática causada pelo coronavírus, a gente lançou, dentro da universidade, o desafio de construir um respirador pulmonar de baixo custo. O professor Mário Ugulino, da parte de automação analítica do Departamento de Química, abraçou a causa, e em aproximadamente 48 horas desenvolveu esse ventilador pulmonar de baixíssimo custo", conta.
Segundo o diretor-presidente da Inova, a agência tem recebido em média dez contatos por dia interessados em cooperar ou produzir o equipamento.
"A tecnologia está aberta por causa da necessidade do equipamento pela situação atual. Uma empresa ou uma pessoa que queiram investir para produzir o equipamento podem fazer contato com a Inova. Nós já temos muita gente interessada em colaborar na produção", diz.
Tecnologia do equipamento
O respirador é de rápida montagem e programação. Segundo os desenvolvedores, ele tem especificações de uso parecidos com as dos respiradores convencionais e pode ser usado para substitui-los.
"Esse equipamento está sendo desenvolvido para ser automatizado. Tem tela de leitura dos dados e controle por sistema touchscreen [tela sensível ao toque]. Ele vem indexado de vários sensores de parâmetros biomédicos, como medidor de pressão arterial, oxigenação, eletrocardiograma, sensor de temperatura do paciente, frequência cardíaca e o controle de mistura de gases, do oxigênio e do ar comprimido", explica Athayde Filho.
Além disso, o equipamento é dotado de um sistema de controle wireless (sem fio), via app de celular. "Isso traz uma distância do operador, que não precisa estar em tempo direito e real em contato com o paciente. Isso é uma garantia, uma tranquilidade maior para o profissional", afirma.
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