Ubisoft enfrenta greve após plano para limitar trabalho remoto

PARIS (Reuters) - Criadora da série de videogames "Assassin's Creed", a Ubisoft enfrenta nesta quinta-feira a convocação de uma greve de três dias feita por um sindicato, depois que a empresa francesa ordenou aos funcionários retorno aos escritórios.

A Ubisoft disse a seus empregados que eles têm que voltar ao escritório três dias por semana, afirmou o sindicato STJV, que representa trabalhadores da indústria do videogame. A entidade afirmou que a exigência da empresa veio depois que negociações sobre a participação nos lucros fracassaram.

A companhia não comentou o assunto.

"Após mais de cinco anos trabalhando eficientemente no contexto do trabalho remoto, muitos de nossos colegas construíram e reconstruíram suas vidas (vida familiar, habitação, paternidade etc) e não podem simplesmente retornar para as condições empregatícias anteriores”, disse o sindicato em comunicado.

O grupo afirmou que a greve ocorrerá entre 15 e 17 de outubro.

As ações da Ubisoft caíram mais de 17,5% depois que a empresa anunciou na quarta-feira adiamento do lançamento de "Assassin's Creed Shadows" em três meses.

A empresa contava com o game e com “Star Wars Outlaws” — que foi lançado mas não teve a recepção esperada — para melhorar sua situação financeira depois de quatro anos de fluxo de caixa negativo, cancelamentos e atrasos de jogos.

Além disso, um investidor ativista que pressiona pela venda da Ubisoft recebeu apoio de 10% dos acionistas, informou a empresa em carta nesta quinta-feira.

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