Trocar o celular ou arrumar? Saiba quando é a hora certa de comprar um novo
A vida útil dos celulares na prática dura, em média, até cinco anos, segundo especialistas ouvidos por Tilt. Problemas técnicos, configurações defasadas e a falta de garantia de atualização do sistema operacional estão entre os fatores que devem ser considerados na hora de avaliar se chegou a hora de trocar de smartphone.
Mas, afinal, qual é o melhor momento para fazer isso? Veja a seguir dicas para encontrar a resposta.
Sinais de que a troca pode ser necessária
Espaço de armazenamento insuficiente
Bateria não dura
Sistema operacional perto do limite de receber atualizações de segurança (fabricantes costumam garantir o envio delas entre três, quatro anos)
Aparelho esquenta muito durante o uso
Demora para abrir aplicativos
Sistema trava bastante
Câmera não atende mais as suas necessidades (baixa qualidade)
Quando falamos em vida útil de um aparelho temos duas situações diferentes: uma diz respeito à funcionalidade e durabilidade. Ele pode funcionar de 5 a 10 anos. A outra questão é a vida útil de utilidade, pois o produto perde o suporte, ele não roda mais os aplicativos. E esse horizonte, hoje, não está muito longe dos 5 ou 6 anos, quando já começa a ter uma obsolescência programada de hardware e software Arthur Igreja, especialista em tecnologia
Um exemplo prático de avanço tecnológico que estamos passando e que faz com que muitos consumidores busquem trocar seus smartphones é a chegada do 5G. Apenas os equipamentos mais novos e modernos é compatível com a internet de 5ª geração.
"Com essa transição do 4G para o 5G, quem tem um celular que é apenas 4G vai querer trocar para um mais moderno para acompanhar os avanços, ter sistemas operacionais mais modernos. Então hoje a vida útil do aparelho está muito mais relacionada as funcionalidades do que de fato com a durabilidade do equipamento", acrescenta Ângelo Sebastião Zanini, coordenador do curso de computação do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).
Comprar um novo ou pagar para arrumar?
Segundo as assistências técnicas consultadas por Tilt, o conserto de um smartphone só vale a pena se:
- Custar até 50% do valor de um aparelho novo e de mesmo padrão.
- Se o modelo que quebrou estiver defasado em relação a atualização de software e apps, por exemplo, considere o valor de 30% no custo máximo.
"Deve ser considerado o bom estado do aparelho e que ele tenha em média de dois a três anos de uso. Além disso, é importante se atentar a placa-mãe, sendo o circuito principal do celular, e a tela que, especialmente em modelos mais antigos ou menos populares, pode não ser tão viável substituí-la", diz Felipe Marchese, CEO da Conserta Smart, franquia especializada em consertos de smartphones.
"Em torno de 70% dos reparos necessários nos aparelhos hoje em dia vale a pena ser feito", acrescenta Marchese.
Por exemplo:
- A tela original de um iPhone 14 custa em média R$ 2,5 mil. A bateria cerca de R$ 800. Um aparelho novo custa em média R$ 5 mil.
- A tela de um modelo Samsung Galaxy S22 custa em torno de R$ 1,2 mil. A bateria em torno de R$ 300 mais a mão de obra. Um novo é cerca de R$ 3 mil.
Os valores citados na reportagem são os sugeridos pelas marcas e pelos centros de reparo autorizados das empresas, podendo ter pequenas variações conforme a cidade.
Como fazer o celular durar mais tempo
Entre os defeitos mais comuns nos smartphones ou situações que fazem com que consumidores busquem o reparo estão:
- Tela quebrada em razão de impacto
- Conectores (devido ao mau uso em geral)
- Bateria
Ter cuidado é essencial. E esse cuidado não é somente com a questão de riscos ou para não quebrar a tela.
A limpeza (tirar poeira dos pontos de conexão) é importante também, além de evitar o carregamento da bateria num ambiente muito quente, como com incidência de sol forte.
Usar os acessórios originais do fabricante, principalmente em relação aos carregadores, é outra dica. Não é possível garantir um bom funcionamento em produtos comprado no mercado paralelo, pois eles não passaram pelos testes de qualidade e segurança.
"Quando for trocar algum equipamento eletrônico, como o smartphone é importante fazer um descarte correto porque esses equipamentos têm muitos componentes eletrônicos para ter o mínimo impacto possível", completa Euclides Lourenço Chuma, membro sênior do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEE) e pesquisador na Universidade de Linköping, na Suécia.
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