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Criador do catastrófico Fyre Festival inventa nova versão no Caribe

Billy McFarland, criador do Fyre Festival - Reprodução
Billy McFarland, criador do Fyre Festival Imagem: Reprodução

Simone Machado*

Colaboração para Tilt, em São José do Rio Preto (SP)

12/12/2022 12h56Atualizada em 12/12/2022 16h27

Billy McFarland, 31, condenado a seis anos de prisão pelo evento desastroso Fyre Fest, em 2017, divulgou há algumas semanas (confusos) detalhes de sua nova aposta: o PYRT (pronunciado como pirata em inglês), com foco "realidade descentralizada imersiva virtual".

Segundo ele, que está em prisão domiciliar, não é um festival, não é um evento e não é metaverso.

"PYRT é uma tecnologia na qual venho trabalhando nos últimos anos, chamada VID/R: a realidade virtual imersiva descentralizada", disse McFarland em um vídeo na internet, que teve como cenário um quadro branco e um pôster.

O plano é "conectar pessoas virtualmente e fisicamente" em ilhas como nas Bahamas, com direito a artistas, criadores de conteúdo, empresários, entre outros.

Seu histórico de — péssimo — organizador de eventos tem gerado desconfiança. Ainda mais porque suas divulgações levam a muito mais perguntas do que respostas.

O desastre Fyre Festival

O Fyre Fest foi um fracasso digno de documentário na Netflix. A festa de alto padrão seria realizada em uma ilha paradisíaca nas Bahamas com pacotes que custavam até US$ 100 mil e prometiam acomodações de luxo e alta gastronomia.

Mas, em vez disso, os participantes encontraram tendas com colchões no chão e as refeições se limitavam a sanduíches.

Imagem que viralizou do Fyre Festival - Reprodução - Reprodução
Imagem que viralizou do Fyre Festival
Imagem: Reprodução

Billy McFarland foi então sentenciado a seis anos de prisão por fraude e condenado a pagar US$ 26 milhões pela bagunça que o festival de música gerou para os participantes, investidores e local.

Governo não aprovará nenhum evento com ele

Ao tomar conhecimento do vídeo, o governo das Bahamas informou que não foi comunicado oficialmente sobre o assunto.

"Nenhum pedido foi feito ao governo das Bahamas para consideração de qualquer evento promovido por Billy McFarland ou qualquer entidade, ou partes conhecidas por estarem associadas a ele. O governo não aprovará nenhum evento nas Bahamas associado a ele", escreveu o vice-primeiro-ministro Chester Cooper, em uma carta divulgada no início do mês.

O político das Bahamas também chamou McFarland de fugitivo com várias queixas pendentes apresentadas pela Força Policial Real do país.

Com informações Futurism e Dailymail