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Google suspende aplicativo Parler até que "adote moderação de conteúdo"

Página principal da rede social Parler - Reprodução
Página principal da rede social Parler Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

09/01/2021 00h24

O Google anunciou a suspensão da plataforma de mídia social Parler, na noite de hoje, até que o aplicativo "adote moderação de conteúdo", segundo informou a rede de TV americana NBC News.

Parler é uma rede social para onde muitos apoiadores de Donald Trump migraram depois de serem expulsos de serviços como o Twitter. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus filhos também mantêm páginas no Parler. É chamado por alguns como "Twitter dos conservadores".

A gigante americana informou que o app ficará suspenso da Google Play até que resolva os problemas que violam as suas políticas, "incluindo permitir aos usuários postar ameaças a autoridades eleitas e planos para organizar a marcha de quarta-feira que terminou com invasão ao Capitólio".

"A fim de proteger a segurança do usuário no Google Play, nossas políticas de longa data exigem que os aplicativos que exibem conteúdo gerado pelo usuário tenham políticas de moderação e fiscalização que removem conteúdo flagrante, como postagens que incitam à violência", disse um porta-voz do Google em um comunicado.

"Todos os desenvolvedores concordam com esses termos e lembramos Parler dessa política clara nos últimos meses. Estamos cientes de postagens contínuas no aplicativo Parler que buscam incitar a violência nos EUA."

Segundo a agência Reuters, a Apple também ameaçou retirar da App Store a rede social Parler, a menos que a companhia altere suas políticas de moderação de conteúdo, afirmou o presidente-executivo da Parler, John Matze, nesta sexta-feira.

Em uma carta enviada pela equipe revisora da App Store ao Parler, a Apple citou exemplos em que o serviço foi utilizado para organização de ataques em Washington depois da invasão do Capitólio por simpatizantes de Trump na quarta-feira. A Apple não comentou o assunto.

No Twitter, usuários relataram problemas com a rede social. O jornalista Rodrigo Constantino, apoiador de Bolsonaro e Trump, postou print de sua página com erro.