Twitter diz que não permitirá posts "danosos à saúde" sobre coronavírus
O Twitter se manifestou na noite de hoje sobre posts que contenham informações sobre a pandemia da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A rede social afirmou que sua capacidade de moderação de conteúdo tem sido afetada "de maneira inédita", e por isso está se "concentrando em conteúdos com maior potencial de causar danos físicos".
Na série de posts, originalmente publicada em inglês e traduzida pelo perfil brasileiro da empresa, o Twitter destacou que a "participação de contas oficiais de governo em debates sobre a origem do vírus e a conversa pública a respeito de novos potenciais tratamentos serão permitidos, a não ser que o conteúdo contenha um estímulo a ações que podem ser danosas à saúde das pessoas".
A rede social ainda disse que tem consultado médicos "sobre qualquer fato novo que devemos levar em conta, na medida em que a situação se desenvolve", e que seguirá informando sobre eventuais mudanças. No último dia 19, o Twitter atualizou uma série de diretrizes a respeito do conteúdo sobre coronavírus.
Entre os tipos de conteúdos que a empresa afirmou que solicitaria a remoção dos posts, estão aqueles que incluem "negação das recomendações de autoridades de saúde locais ou globais", como dizer, por exemplo, "o distanciamento social não é eficaz", ou incentivar as pessoas a não promover essa ação em áreas mais impactadas pela pandemia.
Também estão na mira do Twitter conteúdos com negação de fatos científicos já estabelecidos em relação à transmissão do vírus, afirmações com o intuito de manipular o comportamento das pessoas para promover ações, eventos ou ideias, ou causar pânico generalizado.
No Brasil, o jornal "Folha de S.Paulo" publicou hoje que o Twitter removeu posts do senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
O conteúdo trazia um vídeo antigo do médico Drauzio Varella sobre a crise do coronavírus, e a rede social considerou que as postagens colocavam as pessoas em risco, já que a gravação era de janeiro, antes de serem registrados casos de contaminação no país, e foi republicada pelos dois fora de contexto nos últimos dias.
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