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Bugs de segurança caem no Android e aumentam no iOS em 2019

No ano passado, foram identificados 514 bugs de segurança no Android, uma diminuição de 16% em comparação a 2018 - iStock
No ano passado, foram identificados 514 bugs de segurança no Android, uma diminuição de 16% em comparação a 2018 Imagem: iStock

De Tilt, em São Paulo

29/01/2020 17h17

O sistema Android, que corresponde a 76% do mercado mundial, fechou 2019 com menos registros de bugs de segurança em relação ao ano anterior, enquanto no iOS os casos praticamente triplicaram no mesmo período. Os dados foram divulgados pela ESET, especialista em detecção proativa de ameaças, e colhidos durante o segundo semestre do ano passado.

Em 2019, segundo a ESET, foram identificados 514 bugs de segurança no Android, uma diminuição de 16% em comparação com o total de vulnerabilidades relatadas para a plataforma em 2018. De todas as falhas, 22% permitiriam a execução de código por um invasor.

O número de detecções de malwares, por sua vez, diminuiu 9% em relação a 2018. Isso não significa que as ameaças sejam menos frequentes no Android - pelo contrário: há cada vez mais casos de Trojans disfarçados de aplicativos amigáveis que conseguem burlar os controles de segurança do Google.

Já no iOS, o segundo sistema operacional mais utilizado no mundo (22%), foram registradas 368 vulnerabilidades no ano passado, 194% a mais do que em 2018 e 11% a menos do que as encontradas no Android no mesmo período.

As detecções de malwares no iOS tiveram aumento de 98% em relação a 2018 e estavam perto de triplicar o número observado em 2017, tendo disparado 158% de lá para cá.

"É importante lembrar que nenhuma plataforma é invulnerável. Infelizmente, a proteção de dados é um trabalho interminável, e os cibercriminosos têm se aperfeiçoado. Recomendamos [aos usuários] criar hábitos de segurança, independentemente do sistema operacional que você usa", aconselha Denise Giusto Bilic, especialista em segurança da informação da ESET América Latina.

Casos por países

As detecções de malwares em celulares Android se concentraram na Rússia (15,2%), Irã (14,7%) e Ucrânia (7,5%). O primeiro país latino-americano a aparecer no ranking internacional é o México (3%), na sétima colocação, seguido pelo Peru (2%), na 14ª.

Só na América Latina, o Brasil aparece em terceiro lugar (15%) no ranking de países com mais casos de detecção de malware, atrás apenas de México (25%) e Peru (15%).

No caso do Android, as diferentes versões de dispositivos (Pie e Oreo) são um atrativo para os cibercriminosos. Essa variedade de ecossistemas é um dos principais motivos para as detecções de códigos maliciosos em Android representarem 99% de todos os malwares para mobile.

No iOS, os casos estão concentradas principalmente na China (44%), Estados Unidos (11%) e Índia (5%). Na América Latina, os países com os maiores índices de detecções de malwares foram México (22%), Peru (18%) e Chile (15%).