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Apple muda Siri para ser evasiva em respostas sobre feminismo, diz jornal

Getty Images
Imagem: Getty Images

De Tilt, em São Paulo

09/09/2019 12h49

A Apple reprogramou a Siri, assistente de voz de seus aparelhos, para ser evasiva ao responder perguntas sobre feminismo, o movimento #MeToo (que denunciou casos de supostos abusos sexuais em Hollywood) e outros temas sensíveis, de acordo com informações do jornal britânico "The Guardian". A atualização também evita que a Siri use o termo feminismo ao responder perguntas diretas dos usuários.

Documentos da Apple, os quais foram vazados para o jornal por um programador que trabalhou na atualização da assistente de voz, afirmam que os algoritmos foram reescritos para que o serviço se mantivesse "neutro" e em favor da "igualdade".

Segundo os documentos, Siri deve ser evasiva em perguntas sobre feminismo para "se proteger ao lidar com assuntos potencialmente controversos". "É preciso cuidado para se manter neutro", diz o guia da Apple fornecido aos programadores.

O material sugere que a assistente de voz traga informações da Wikipedia e do dicionário do iPhone quando as perguntas não são respondidas de maneira evasiva.

Antes, Siri poderia responder a uma pergunta direta como "você é feminista?" dizendo "desculpe, eu realmente não sei". Com a atualização, a assistente de voz pode responder à mesma pergunta com: "eu acredito que todas as vozes são iguais e merecem o mesmo respeito" ou "me parece que todos os seres humanos devem ser tratados com igualdade".

Em nota, a Apple afirmou que "Siri é um assistente digital desenvolvida para ajudar usuários a realizar suas tarefas". Além disso, a empresa disse que suas equipes trabalham para garantir que as respostas da Siri sejam relevantes para todos. "Nosso foco é ser factual com respostas inclusivas em vez de oferecer opiniões."

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