Depois de "causar" em 2017, Simba tem de sair do papel e gerar conteúdo

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O próximo ano será decisivo para a Simba, joint-venture criada há quase dois anos para representar e defender os direitos conjuntamente de SBT, Record e RedeTV!
A empresa literalmente “causou” este ano. Depois de confrontar as maiores operadoras de TV paga, a Simba viu seus três canais serem excluídos do line-up de Net e Sky por meses.
A Simba exigia ser remunerada pela cessão de seus três canais à TV paga.
De fato, ela tinha esse direito, só que o valor pedido era surreal, conforme revelou em abril o site Notícias da TV. O valor inicial podia chegar a R$ 3,5 bilhões. As operadoras, obviamente, disseram não.
A saída da TV paga em São Paulo e no DF foi devastadora. A audiência das três emissoras desabou, sem falar que o público perdido era justamente o mais qualificado e de maior poder aquisitivo. Das três, apenas o SBT acabou recuperando público mesmo fora das operadoras nas semanas seguintes.
Por outro lado, as operadoras fincaram pé, ainda mais que não perderam praticamente assinantes ou audiência por causa da exclusão dos canais abertos.
Em setembro, a guerra acabou e as operadoras aceitaram repassar um valor simbólico à Simba.
Só que desse valor as três TVs se comprometeram a investir boa parte em conteúdo, inclusive há uma promessa de que criarão um ou mais canais exclusivamente para a TV paga.
Em junho próximo a Simba completa dois anos. Segundo a decisão do Cade, que autorizou a existência da joint-venture, ela tem de REALMENTE criar conteúdo.
Ou seja, se por acaso os três canais começarem apenas a arrecadar dinheiro das operadoras e não investirem em nada, o próprio Cade pode extinguir a Simba em 2021, ano em que o órgão voltará a analisar as atividades da empresa cujos sócios são Edir Macedo (Record), Silvio Santos (SBT), e Amílcare Dallevo e Marcelo de Carvalho (RedeTV).
Por enquanto tudo ainda está no espectro da promessa mesmo. O problema para a Simba é que o relógio está correndo.
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