Topo

Ricardo Feltrin

Em São Paulo, consumo de TV paga cresce 14% após corte das TVs abertas

Na foto, um exemplo ilustrativo do assinante de TV paga: não parece estar nem aí com corte dos canais abertos - iStock
Na foto, um exemplo ilustrativo do assinante de TV paga: não parece estar nem aí com corte dos canais abertos
Imagem: iStock

Colunista do UOL

17/04/2017 11h23Atualizada em 17/04/2017 11h23

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Depois que três TVs abertas cortaram seus sinais para as operadoras de TV por assinatura, no último dia 29, o ibope dos canais exclusivamente pagos na Grande São Paulo cresceu 14%, tanto em pontos como em participação no universo de TVs ligadas.

Com dados consolidados da Kantar Ibope, a coluna fez uma comparação simples entre dois domingos, o dia mais importante para TVs e anunciantes. Foram escolhidos domingos comuns, que não fossem feriados (como ontem): um deles antes do corte dos sinais HD, o outro depois..

ANTES E DEPOIS

No domingo 12 de março a média de audiência 24 horas dos canais pagos foi de 8,3 pontos na Grande SP. No último dia 9, essa média subiu para 9,5 pontos (+14%). Cada ponto é igual a 70,5 mil domicílios na região, que sofreu o corte com o fim do sinal analógico..

A participação dos OCPs (Outros Canais Pagos) no universo de TVs ligadas, porém, subiu de 20,6% (12 de março) para 23,4% (9 de abril). Também 14% de ganho de público.

Os dados do Ibope também apontam para os seguintes comportamentos do assinante de TV:

Ele está migrando dos canais abertos que eventualmente assistia para canais fechados que já integravam seu pacote, mas que ele não assistia ou talvez visse menos.

Obviamente ninguém está desligando o aparelho de TV porque os canais da Simba saíram. Pelo contrário: o total de TVs ligadas até passou de 40% para 41% 

Ou seja, não ocorreu algo que muita gente na Simba esperava ou previa (erroneamente): que a TV por assinatura fosse impactada com uma perda relevante de público após o corte dos sinais das três emissoras abertas. Havia base para tal tese, já que Record, SBT e RedeTV somadas representavam uma imperdível fatia do público. 

Aí está a resposta: a TV por assinatura não perdeu, ganhou.

@feltrinoficial