Disputa e intransigência entre operadoras e TVs fazem todo mundo perder
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Difícil analisar um caso corporativo com tantas nuances e argumentos tão sólidos de ambos os lados, como essa guerra entre operadoras e Record, SBT e RedeTV!, por meio da Simba --joint-venture que as representa desde o ano passado.
Essas três TVs abertas querem receber por seu conteúdo, que agora só existirá em sinal HD. A lei lhes permite cobrar por isso. É justo. Novelas, programas, jornais têm custo alto, e elas querem remuneração por isso.
Um dos argumentos --legítimo, aliás-- é que as operadoras já pagam suas concorrentes Globo e Band. Verdade, mas essa remuneração inclui outras dezenas de canais pagos que essas empresas também produzem.
As operadoras obviamente não querem abrir mão de seu faturamento bruto com um gasto enorme e considerado “extra”, além de em plena crise econômica: pagar pelos sinais de três TVs abertas que elas incluíram em seus pacotes gratuitamente nos últimos 20 anos pelo menos.
Quem perde com isso? Todo mundo: operadoras, Record, SBT, RedeTV! e, obviamente, os assinantes.
As operadoras perdem porque, mais uma vez, vão figurar como as “vilãs” do caso. É uma interpretação simplista, óbvio. Nenhum setor da economia aceita reduzir suas receitas em centenas de milhões de reais sem reagir.
Mas elas também perdem porque essas três TVs representam parte considerável de sua audiência. E certamente muitos assinantes vão se revoltar.
A briga vai durar muito tempo ainda e os SACs dessas operadoras serão (e já são, no caso do DF, onde elas já cortaram os sinais) prova disso.
Também perdem os canais, porque deixam de ser veiculados para quase 20 milhões de telespectadores potenciais na Grande São Paulo, a principal praça econômica e publicitária do país.
E, claro, perdem os assinantes, que sempre tiveram esses três canais em seus pacotes, sem custo, e agora ou aceitam a perda de conteúdo ou se veem sob risco de ver suas mensalidades aumentadas por causa de uma briga corporativa e jurídica. Seja ela justa ou não.
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