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'Aos 66 anos, aguento o tranco no swing e ainda ensino algumas coisas'

Desde os 25 anos gostava de aventuras sexuais diferentes, mas conheci mesmo esse mundo do swing há 16, quando tinha 50.

Naquela época tive um estagiário de 27 anos que me deu aquela investida e, claro, não bobeei. Começamos a ficar até que ele fez uma proposta de transar com um amigo dele, da mesma idade. Aceitei de boa e foi ótimo.

Tivemos vários momentos marcantes. Uma vez, ele me levou no Aterro do Flamengo (Zona Sul do Rio de Janeiro) e chamou os caras que passavam para transar comigo, e tomou todo o controle da situação. Foi surreal. Ainda passo no local e não acredito que fiz aquilo.

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Imagem: Adams Carvalho/UOL

Depois, ele casou e me convidou para uma festa na sua casa, mas eu não sabia bem como agir. Eram oito casais e eu e mais uma solteira.

Fui conversar na piscina com uma mulher, até que chegou alguém que acredito ser o marido dela. Rolou aquela encostadinha, uma mãozinha, umas brincadeiras com outras pessoas, mas não teve sexo. Depois, ouvi dos casais que foi melhor do que se tivesse rolado, pela sedução.

E passei a frequentar mais as casas de swing. Prefiro ir a esses eventos sempre com um casal de amigos. Tem um em específico que rola, às vezes, de a minha amiga ir dormir e eu ficar lá com o marido dela, e depois brincamos com a situação.

Também tenho preferência por transar com homens mais novos, e que saibam conversar. Só faço com alguém que me diz alguma coisa. Eu não vou abrir as pernas só por abrir. E com uma pessoa só, porque acho a entrega mais completa e envolvente. Já estive com 4 ou 5, e senti prazer, mas foi uma vez.

No modo geral, os jovens têm muita curiosidade com a mulher mais velha. É fetiche. Normalmente querem saber como é que eu faço. E eu mostro que aguento o tranco muito bem, obrigada. Ainda ensino algumas coisas.

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Uma vez, no swing, veio um rapaz que mais parecia um armário, de tão grande. Usei a tática do "esbarrei sem querer" e entramos na cabine. Depois, ele falou: "Não dava nada por você". Respondi que sou mineira, como quieta. Não preciso divulgar o que eu sou e o que eu faço. Quem quiser, descubra.

Mas às vezes você encontra alguns caras que só estão preocupados em performar. Teve um que eu falei: "Cara, tu vai me quebrar". Ele me virava de cabeça para baixo, me pegava no colo, me revirava. Senti prazer nenhum. Fiquei com medo de cair e me arrebentar toda.


Por essas e outras hoje prefiro um ambiente com grupos pequenos. Tenho visto muitas situações em que a pessoa acha que está num puteiro. E não é. Eu mesma sou uma pessoa de família, meus filhos têm 34 anos e, inclusive, são bissexuais, sabem que eu frequento o meio e me respeitam muito.

Mas quase não vejo mulheres da minha idade no swing. Cheguei a ser a sensação numa festa por causa disso. Foi há cinco anos.

Estava num aniversário em Rio das Ostras (litoral fluminense), e quem começou e terminou o evento fui eu. Um rapaz foi com a minha cara e me propôs "abrir os trabalhos". Foi a gente começar a transar ali no meio da casa e, quando vimos, tinha um monte de gente em volta. E depois de muitas horas, já com quase todos indo embora, ele propôs: "Vamos lá fechar essa festa?". E me puxou.

Depois, as mulheres vieram me falar que eu fui uma inspiração, porque todas estavam na faixa dos 50 pensando em se aposentar dessa vida, e eu, na época com 62, interagi o tempo todo.

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Eu falo que sexo não tem nada a ver com idade, e sim com a cabeça. Só não precisa vulgarizar.

* O nome foi trocado a pedido da entrevistada

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