Edmilson Filho vai de 'faria limer' a rapaz humilde em 'Férias Trocadas'

Veterano nas comédias brasileiras, Edmilson Filho demonstra toda a sua versatilidade no gênero em "Férias Trocadas", filme que estreou nos cinemas ontem (2).

Depois de"Cine Holliúdy", "Cabras da Peste" e "O Shaolin do Sertão", o ator interpreta não um, mas dois personagens de um mesmo longa, que são o oposto um do outro. Os dois viajam para a Colômbia com suas respectivas esposas (interpretadas por Aline Riscado e Carol Castro) e acabam por ter suas hospedagens trocadas, experienciando estilos de vida diferentes do que estão acostumados.

"Não é uma vida dupla", explica a colunista Flavia Guerra no Plano Geral desta quinta. "Ele faz dois personagens: é o Edu, um cara sério, bem 'faria limer', paulista, de elite, muito travado e totalmente ligado ao controle [...] e o Zé, um cara humilde, que tinha talento e queria ser um grande jogador de futebol".

Em entrevista, Edmilson conta que chegou a questionar se a proposta de viver dois personagens daria certo. "Minha maior preocupação era que as pessoas conseguissem se desligar dos dois, mesmo sabendo que é a mesma pessoa. Ou seja, o personagem tinha que ser maior que o Edmilson. E acho que consegui - tem gente que só foi notar que sou eu [interpretando os dois personagens] no meio do filme", explica.

Para dar vida à dupla, o ator teve direito a peruca feita sob medida e "pitacos" no roteiro, que é dirigido por Bruno Barreto (de "Dona Flor e Seus Dois Maridos" e "Última Parada - 174"). "Todos os projetos que estou envolvido, ou crio - escrevo junto - ou monto uma mesa de roteiro. O 'Férias [Trocadas]' teve várias mudanças", diz. "Se eu for enumerar quantas coisas mexi naquele roteiro, ganho até crédito".

Flavia Guerra diz se tratar de um filme de comédia brasileira "pré-férias" feito "para curtir" e pensado para o público. "A tradição do Brasil pela comédia tem uma coisa pertinente que é a economia: a comédia é mais barato", explica Edmilson. "Mas se tiver mais investimento, a gente faz de tudo".

Segundo o ator, é difícil para o brasileiro se aventurar em gêneros mais "distantes", como a ficção científica, que já é massivamente trabalhada no exterior e com maiores orçamentos. "A comédia é mais fácil para o público: é de fácil entendimento e a gente consegue fazer filmes de alta qualidade com orçamentos menores".

Confira a íntegra do programa Plano Geral

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Apresentado por Flavia Guerra e Vitor Búrigo, Plano Geral é exibido às quartas-feiras, às 11h, no canal de Splash no YouTube e na home do UOL, com as principais notícias sobre cinema e streaming. Você pode ainda ouvi-lo no Spotify, Apple Podcasts e Google Podcasts.

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