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Tetê Espíndola após viral no TikTok: 'Não fiquem só nesse hit'

"Escrito nas Estrelas", de Tetê Espíndola, 69, viralizou após ser cantada por Márcia Fu em A Fazenda (Record). A cantora falou com Splash sobre a música voltar a ser sucesso 38 anos após o lançamento.

Tá sendo tudo uma novidade, porque eu sou da época do LP, das entrevistas nas rádios, que eu adorava, e isso tudo, esse tipo de mídia, tá sendo uma novidade para mim. Mas eu fiquei muito contente, achei muito legal ela ter lembrado dessa música, que tá há 38 anos na minha carreira, e eu toco e canto em todos os shows. Tetê Espíndola

Tetê ganhou seguidores nas redes sociais. "O que ficou interessante foi ver as pessoas, os jovens, descobrindo uma música que já tá na memória musical [...] O meu público aumentou bastante nas redes sociais [...] Isso é um negócio [viralizar] que vai muito rápido, gente. Eu abro meu Instagram, eu não tenho tempo de responder tudo, isso foi algo que mudou. É muito engraçado quando eu abro o Instagram, tem todas as pessoas cantando a minha música, em vários tons."

Ela pede que os novos fãs "não fiquem só nesse hit", que pesquisem a letra da música e outros trabalhos. "Me procurem no Spotify, comecem a ver toda a minha carreira, a minha trajetória. Eu sou uma compositora, sou uma instrumentista, e eu faço vários projetos legais. Não fiquem só nesse hit."

Por onde anda Tetê Espíndola?

A cantora segue se apresentando e fazendo shows. Recentemente, se apresentou com a Orquestra do Pantanal em shows em Mato Grosso do Sul. Ela já está entrando na comemoração dos 70 anos de vida e 45 de carreira. "Tenho um público bem grande, meu Spotify é muito bem escutado. Tá sendo corrido para mim porque eu tava trabalhando quando isso [o viral] aconteceu. Tava fazendo show em Mato Grosso do Sul. Mas tô na ativa sempre, desde sempre."

Eu pretendo comemorar intensamente com um projeto especial, que se chama Expedição 70, sobre a minha pesquisa com o som dos pássaros. Tetê Espíndola

Tetê é pesquisadora do canto dos pássaros — o que a ajuda a manter a voz e os agudos, mesmo após tantos anos. "Agora, depois dos 60, a gente perde um pouco o agudo. Mas como eu sempre fiquei entre o agudo, a soprano e a contralto, eu ganhei um grave muito legal. Batalhei bastante essa minha voz, eu mantenho ela sempre acesa e continuo usando bastante o agudo. Acho que tem que ter muita vontade, muita energia para fazer o agudo, porque tem que jogar tudo para cima e tem que estar com tudo em cima. Tô fazendo uns exercícios especiais. Acredito que o meu agudo ainda vai mais um tempinho aí, se Deus quiser."

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Ela explica que não "imita" o canto das aves, mas que analisa como o pássaro emite o som e tenta reproduzir a mesma "força que ressoa dentro de toda estrutura óssea". "Aqui em São Paulo já é mais difícil [cantar com os pássaros], por causa da poluição sonora. Mas tô sempre junto da natureza, sempre fazendo uma experiência. Quando escuto o pássaro, eu faço a emissão. Eu não imito o pássaro, eu faço a emissão e vejo onde aquele som tá ressoando dentro do meu corpo. Essa que é a minha pesquisa."

Além da carreira, ela cuida da produtora, do selo Luz Azul ao lado do marido, Arnaldo Black, e da família. "Tenho uma família bem grande de artistas, que são os meus irmãos, as minhas sobrinhas. Tenho o meu filho, Dani Black. A minha filha, Patrícia Black, que tá fazendo a Expedição 70. Ela é uma super diretora, cineasta, tá morando fora e agora chegou para entrar um ano com a gente. Tá rolando muita coisa e muita mudança na minha vida. Tô querendo ir para um lugar mais tranquilo, sair um pouco de São Paulo para ouvir mais os passarinhos."

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