Quem é o 'pai' da Barbie que levava vida de orgias, drogas e armas de fogo

A Barbie foi criada em 1959, idealizada por Ruth Handler após observar os hábitos de sua filha, Barbara, com as próprias bonecas. Mas o que pouco se sabe é que o "pai" da boneca mais famosa tem um histórico muito mais sinistro de vida, que inclui drogas, catálogos de mulheres e até fabricação de mísseis.

Trata-se da história de Jack Ryan, designer contratado por Ruth para trabalhar na Mattel e auxiliar no desenvolvimento do visual da boneca.

Quem é Jack Ryan?

Trabalhou na Mattel por 20 anos, de 1956 até o fim dos anos 70. Chegou ao posto de vice-presidente de pesquisas e desenvolvimento e, posteriormente, consultor. Além de Barbie, desenvolveu os carrinhos Hot Wheels e a boneca Chatty Cathy.

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Antes de trabalhar na Mattel, foi desenvolvedor de mísseis na empresa de armamentos militares Raytheon, e trabalhou em armas usadas em conflitos no Vietnã e na Guerra Irã-Iraque.

É descrito em biografia como "narcisista perturbado e maníaco sexual". O escritor Jerry Oppenheimer, autor do livro "Toy Monster: The Big Bad World of Mattel" (2009), conta que Ryan vivia em um castelo de 16 mil m² decorado em estilo medieval, que tinha um trono e um salão onde ele promovia orgias semanais.

Jack mantinha um catálogo de mulheres, separadas por atributos físicos. Segundo amigos, Ryan gostava de transar com modelos que se assemelhassem a Barbie e até se inspirava em suas amantes para desenvolver novas versões da boneca.

Problemas com drogas e sequestro da filha: uma das filhas de Jack, Ann Ryan, apresenta um podcast sobre o pai chamado "Dream House: A História Real de Jack Ryan", e já contou de quando o pai apontou uma arma contra a cabeça de outra filha, Diana, em um episódio em que estava tomado por paranoia devido ao consumo de cocaína.

Meu pai bebia muito e usava drogas. Ele achava que as pessoas o perseguiam, que estava sempre sendo espionado eletronicamente.
Ann Ryan, filha do designer Jack Ryan

Na ocasião, Ann tinha 22 anos (hoje, está com 68), e precisou ir para casa e tentar mediar a situação entre seu pai e a polícia de Los Angeles, que tentava tirar Diana da situação de refém.

Na época, Ruth já trabalhava para afastar Jack da Mattel, para que seus problemas não chegassem a afetar a empresa que produzia brinquedos para crianças. Após o sequestro da filha, ele concordou em se internar em uma clínica psiquiátrica e processou a Mattel quando saiu da empresa. Posteriormente, as duas partes fizeram um acordo.

Após cinco casamentos (um deles com a atriz húngara Zsa Zsa Gabor), Jack morreu em 1991, aos 65 anos. Dois anos antes, em 1989, sofreu um derrame devido ao abuso de substâncias químicas.