Repórter da Globo esfaqueado sofreu tentativa de latrocínio, diz delegado

Os delegados envolvidos na investigação do esfaqueamento do repórter da Globo, Gabriel Luiz, no Distrito Federal, concluíram que o jornalista sofreu uma tentativa de latrocínio — que é o roubo seguido de morte.

"Trata-se de uma tentativa de latrocínio, isso ficou notório e é importante colocar aqui. Houve a subtração da carteira, provavelmente 250 reais que teriam sido subtraídos pelos autores, descartando-se com isso, então, as outras linhas de investigação", contou Petter Ranquetat, um dos delegados envolvidos no caso, em entrevista à imprensa exibida no "Jornal Nacional" (TV Globo) de sexta-feira.

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"Segundo eles relataram, foi feito um roubo, um dos indivíduos deu um mata leão, enquanto o outro desferia as facadas. Ambos disseram que não conheciam a vítima. Viram que ele estava sozinho e viram uma vítima em potencial", completou Douglas Fernandes, o outro delegado envolvido.

Prisão

A reportagem confirmou ainda a prisão dos dois suspeitos, um de 17 e um de 19 anos. A polícia informou que o adolescente procurou uma delegacia alegando ter sido esfaqueado durante um roubo na região próxima ao ataque. E, ao ser questionado sobre as contradições, o adolescente confessou ter participado do assalto.

Ele foi esfaqueado cerca de dez vezes no fim da noite de quinta-feira quando chegava em casa, no Sudoeste, região administrativa do Distrito Federal. Os golpes atingiram regiões como abdômen, braços e pescoço.

Segundo boletim médico, o estado de saúde é grave, porém estável, e o jornalista corre risco de morte devido às perfurações em órgãos vitais, como pulmão e veias no pescoço e estômago.

Gabriel Luiz é repórter investigativo, entrou na Globo como estagiário em 2014. Já em 2017, ele se tornou repórter do G1 e, há três anos é repórter e editor do DFTV Primeira edição.

'Estamos otimistas'

Em conversa com o UOL, o pai do jornalista se diz otimista: "Eu peguei na mão dele e ele interagiu comigo, se emocionou quando os médicos reduziram a sedação: "Ele mesmo perguntou sobre o próprio estado de saúde para a equipe médica... Ele escreveu as dúvidas num papel", disse ao UOL.

Vencemos uma etapa. As cirurgias foram realizadas com sucesso, mas o quadro ainda é grave. Pai de Gabriel