Nas historinhas de Mauricio de Sousa, a Mônica faz sete anos de idade todo dia 21 de março. Por isso, o Bairro do Limoeiro está em festa neste domingo para celebrar a vida da primeira feminista que muitos de nós conhecemos na vida — e a Mônica "verdadeira" concorda com o elogio à personagem.

E a personagem Mônica não tem esta postura por acaso. O autor cresceu em uma "família matriarcal, onde as mulheres dominavam"; em plena década de 60, sem perceber ou forçar, acabou criando garotinhas empoderadas (as filhas ilustradas e as de carne e osso).

Mas nem toda mulher tem a super força física da Mônica ou um coelhinho azul para atirar nos outros; aliás, incentivar a violência não é a intenção das criações de Mauricio.

A questão é que cada mulher pode ser forte à sua maneira para aprender a se posicionar no mundo.

Dá para perceber que hoje a Mônica tem muito orgulho de ter inspirado a personagem, mas a relação entre as duas nem sempre foi tão fácil. Na adolescência, ela se incomodava com o rótulo de "bravinha": parecia que nunca ganharia uma discussão por causa disso.

"Hoje, o Cebolinha é o meu pai"

Esta foi a resposta surpreendente quando Splash perguntou se Mônica encontrou muitos Cebolinhas ao longo de sua vida: o próprio Mauricio é quem dá trabalho para ela atualmente. Além de confundi-la com a Mônica, parece que ele confunde a si mesmo com o Cebolinha...

Baixinha, dentuça e gorducha?

O fato de ser "baixinha" já a incomodou quando era mais nova, com direito a fazer exame para saber se não tinha como crescer mais, mas hoje Mônica é bem resolvida com o próprio corpo e quer inspirar as jovens pelo mesmo caminho de aceitação.