"Star Wars: A Ascensão Skywalker" (2019) poderia ter sido melhor —e quase foi.

É o que concluímos com a revelação feita por Daisy Ridley ontem: sua personagem, a heroína Rey, esteve muito perto de ser descendente de Obi-Wan Kenobi.

Se Rey Kenobi tivesse acontecido, tudo teria sido muito melhor e, nesse ponto, não importa se gostamos ou não do filme.

A partir daqui, esse texto terá spoilers do nono episódio da franquia

Para quem não se lembra (ou não se importa com o spoiler), Rey terminou sua jornada descobrindo que é neta de Palpatine, uma resolução considerada rasa por muitos fãs.

Afinal, parte do público amava a ideia de ter uma heroína que não precisava de um avô poderoso para justificar sua Força. Muitos gostavam da Rey sem sobrenome, sem uma linhagem.

No passado, Obi-Wan Kenobi tentou impedir que Anakin Skywalker se voltasse para o lado sombrio, mas falhou, certo? Guarde bem esses acontecimentos.

Anakin se tornou Darth Vader e morreu antes de conhecer o neto, Ben Solo, filho de Leia e Han.

Ou seja, Ben é um Skywalker como o avô Vader.

Ao longo da saga, o rapaz (vivido por Adam Driver) se transforma em Kylo Ren, mas, no episódio 9, é Rey quem o ajuda a se redimir e voltar a ser Ben.

Agora faremos um exercício de imaginação

Rey poderia ter sido a primeira Kenobi a salvar um Skywalker.

Ao fazer por Kylo/Ben o que seu Obi-Wan não conseguiu com Anakin, ela encerraria um ciclo e daria sentido aos eventos da nova trilogia.

A Força teria se encarregado de resolver o que não conseguiu no passado.

É claro que também teria sido legal ver a heroína sem linhagem nobre, mas Rey Kenobi faria mais sentido do que Rey Palpatine e conectaria de vez as três trilogias.

E Kylo Ren havia prometido fazer o que Vader não conseguiu, certo?

De certa forma, Ben teria cumprido sua promessa se tivesse feito o que o avô Anakin não se permitiu fazer: ser guiado para o lado luminoso por uma Kenobi.