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Franceses temem pela saúde de baleia perdida que sobe o rio Sena

da RFI

26/05/2022 14h46

Uma orca que vem subindo o rio Sena desde o início de abril está com a saúde bastante debilitada, tendo sido exposta a muita água doce. Mas as autoridades e os cientistas marinhos franceses ainda não sabem se devem intervir.

O mamífero de quatro metros de comprimento foi avistado pela primeira vez no início de abril perto da nascente do Sena, uma ocorrência rara, uma vez que esse tipo de animais só são avistados na França — e ocasionalmente — no Canal da Mancha, na fronteira com o Reino Unido.

Desde então, o animal permaneceu no estuário, aparentemente perdido de seu bando. Recentemente, a orca foi avistada a quase 60 quilômetros rio acima, ao redor de Yainville, a apenas 150 km de Paris, perto da cidade de Rouen, no noroeste da França.

Autoridades locais e especialistas marítimos têm monitorado sua posição, mas não intervieram. Mas agora a saúde do animal parece estar se degradando.

"Estamos muito, muito preocupados", disse Gérard Mauger, vice-presidente e fundador do grupo de estudo dos cetáceos Cotentin, encarregado pelo escritório francês de biodiversidade de estudar e preservar os mamíferos marinhos no Canal.

Enfraquecida

A saúde do animal "está muito debilitada", disse Mauger, a ponto de sua vida estar em perigo. A presidência da região francesa de Seine-Maritime, ao norte do país, disse que o animal estava "muito debilitado" e que poderia estar "ferido ou doente".

As "baleias assassinas", como são conhecidas as orcas, não são tecnicamente baleias, mas membros da família dos golfinhos, e não são uma ameaça para os humanos. No entanto, a presidência da região advertiu as pessoas para não "colocar este animal selvagem em perigo" ao nadarem perto dele.

Os especialistas não estão certos sobre a razão que teria atraído a orca para o Sena. Ela poderia ter sido excluída por seu grupo, ou isolada por si mesma, por estar doente. "A sua saúde significa que é mais confortável estar em um rio porque é menos complicado, ela consome menos energia", explicou Mauger.

Mas é mais difícil encontrar alimento em um rio, onde há menos presas, e a orca "está sozinha, sendo que estes são animais que caçam em bando". A longa exposição à água doce pode causar problemas de pele, como infecções ou úlceras.

Nenhuma tentativa de resgate foi feita por medo de estressar ainda mais o animal.

"Ela está muito longe do mar. É muito complicado encontrar soluções para incentivá-la a voltar para a água salgada", disse Mauger.

(Com informações da AFP)