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China exigirá vacina chinesa contra covid-19 para conceder vistos a estrangeiros

O Yiheyuan, também conhecido como Palácio de Verão, palácio localizado em Pequim, China - Getty Images/iStockphoto
O Yiheyuan, também conhecido como Palácio de Verão, palácio localizado em Pequim, China Imagem: Getty Images/iStockphoto

16/03/2021 09h26

Fechada para a maioria dos estrangeiros desde março de 2020, a China vai começar a conceder vistos para quem tomar vacina de fabricação chinesa contra a covid-19.

O país impede a entrada da maioria dos estrangeiros desde o início da pandemia para conter a propagação do coronavírus. O fechamento das fronteiras, no entanto, tem complicado a vida de trabalhadores internacionais que não conseguem voltar ou ingressar no país.

Na segunda (15), as embaixadas chinesas em vários países, como Estados Unidos, Itália e Paquistão, emitiram avisos dizendo que o país abrirá pedidos de visto para selecionar pessoas que tenham tomado uma vacina de fabricação chinesa contra o coronavírus. A regra começa a valer nesta semana e se aplica a estrangeiros que precisam ir para a China para retomar o trabalho, para viagens de negócios ou por "necessidades humanitárias", como o reagrupamento familiar.

Para entrar na China, o estrangeiro não precisará ter tomado as duas doses da vacina, a primeira dose é suficiente para dar entrada no pedido de visto. Os estrangeiros, no entanto, deverão passar por uma quarentena de até três semanas assim que chegarem ao país.

"Passaporte sanitário"

A orientação coloca em prática uma espécie de passaporte sanitário para viagens ao país, modelo considerado ainda precoce pela OMS (Organização Mundial da Saúde). A diferença é que o país asiático define como critério apenas parte das vacinas disponíveis atualmente, não por acaso, aquelas produzidas pela China.

As vacinas chinesas estão sendo usadas na imunização contra covid-19 em diversos países do mundo, como o Brasil, a Turquia, a Indonésia e o Camboja. No entanto, agências sanitárias pelo mundo ainda têm mostrado dúvidas em relação aos resultados de algumas delas. A nova regra de imigração pode adiantar a aprovação dos imunizantes chineses em outros países.

Pequim continua seu amplo plano de vacinação distribuindo quatro imunizantes, todos produzidos no país. Até o momento, nenhuma vacina fabricada no exterior, como as da Pfizer ou da BioNTech, foram aprovadas pela agência sanitária chinesa.

As empresas chinesas ainda têm capacidade de exportar quase 400 milhões de doses de vacinas, segundo a imprensa estatal chinesa.

(Com informações da AFP)