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Egito libera turistas para fazer selfies e fotos pessoais nas ruas do país

Selfie no Templo de Karnak, em Luxor, no Egito - frantic00/Getty Images/iStockphoto
Selfie no Templo de Karnak, em Luxor, no Egito Imagem: frantic00/Getty Images/iStockphoto

De Nossa

08/08/2022 19h17

O governo do Egito liberou no fim de julho turistas para fazerem selfies e outras fotos de uso pessoal — isto é, que não podem ser comercializadas — nas ruas do país.

"Tirar fotografias usando todos os tipos de câmeras tradicionais, digitais e videocâmeras será permitido, sem custos. Nenhuma autorização precisa ser obtida de antemão", esclareceu o Ministério do Turismo e Antiguidades em anúncio à imprensa. Até então, quem quisesse fazer fotos nas ruas ou até em frente a monumentos, como a Esfinge de Gizé, precisava de licença do governo local.

A liberação acontece após pressão e uma série de incidentes envolvendo influenciadores digitais, segundo o jornal The Guardian.

Em dezembro de 2020, um fotógrafo chegou a ser preso no Egito por realizar cliques de uma dançarina em uma fantasia em frente a uma pirâmide. Além de ter sido considerado um desrespeito por autoridades locais, o ato era uma infração às normas impostas pelo Ministério do Turismo, informou a AFP à época.

Câmeras também já foram apreendidas e há relatos de ensaios fotográficos interrompidos mesmo com a licença do governo egípcio, relatou o britânico The Guardian. Mesmo após a mudança, turistas devem permanecer atentos.

Esfinge, no Cairo (Egito) - Unsplash - Unsplash
Esfinge, no Cairo (Egito)
Imagem: Unsplash

Imagens de crianças e fotografia comercial seguem restritos. "É completamente proibido tirar ou compartilhar fotografias de cenas que podem, de uma maneira ou de outra, danificar a imagem do país", instrui ainda o órgão federal no anúncio.

Fotos, mesmo que pessoais, com equipamento profissional — sombrinha refletora ou difusora, spots de luz artificial, tripés e outros dispositivos que possam bloquear a passagem —, também continuam proibidas. Cidadãos egípcios só podem ser clicados ainda com autorização por escrito do fotografado.

Para fazer imagens dentro de museus e sítios arqueológicos, é possível usar o celular, câmeras ou videocâmeras, porém sem flash, como já é regra em diversos outros países.

Vista das mesquitas de Sultan Hassan e Al-Rifai, no Cairo (Egito) - Getty Images - Getty Images
Vista das mesquitas de Sultan Hassan e Al-Rifai, no Cairo (Egito)
Imagem: Getty Images

Segundo o guia Lonely Planet, o custo para receber uma autorização para realizar imagens pessoais com equipamento profissional é bem mais alto do que as entradas para museus. O tíquete para Deir El Medina, em Luxor, por exemplo custa 100 libras egípcias (R$ 27,20). Já a autorização de fotografia sai por 300 libras ou R$ 81,50.

Valores aumentam conforme o uso da foto — caso seja comercial, por exemplo — e o ministério defende que essa fonte de renda é importante para a manutenção dos locais turísticos egípcios e, portanto, deve ser mantida.