Egito libera turistas para fazer selfies e fotos pessoais nas ruas do país
O governo do Egito liberou no fim de julho turistas para fazerem selfies e outras fotos de uso pessoal — isto é, que não podem ser comercializadas — nas ruas do país.
"Tirar fotografias usando todos os tipos de câmeras tradicionais, digitais e videocâmeras será permitido, sem custos. Nenhuma autorização precisa ser obtida de antemão", esclareceu o Ministério do Turismo e Antiguidades em anúncio à imprensa. Até então, quem quisesse fazer fotos nas ruas ou até em frente a monumentos, como a Esfinge de Gizé, precisava de licença do governo local.
A liberação acontece após pressão e uma série de incidentes envolvendo influenciadores digitais, segundo o jornal The Guardian.
Em dezembro de 2020, um fotógrafo chegou a ser preso no Egito por realizar cliques de uma dançarina em uma fantasia em frente a uma pirâmide. Além de ter sido considerado um desrespeito por autoridades locais, o ato era uma infração às normas impostas pelo Ministério do Turismo, informou a AFP à época.
Câmeras também já foram apreendidas e há relatos de ensaios fotográficos interrompidos mesmo com a licença do governo egípcio, relatou o britânico The Guardian. Mesmo após a mudança, turistas devem permanecer atentos.
Imagens de crianças e fotografia comercial seguem restritos. "É completamente proibido tirar ou compartilhar fotografias de cenas que podem, de uma maneira ou de outra, danificar a imagem do país", instrui ainda o órgão federal no anúncio.
Fotos, mesmo que pessoais, com equipamento profissional — sombrinha refletora ou difusora, spots de luz artificial, tripés e outros dispositivos que possam bloquear a passagem —, também continuam proibidas. Cidadãos egípcios só podem ser clicados ainda com autorização por escrito do fotografado.
Para fazer imagens dentro de museus e sítios arqueológicos, é possível usar o celular, câmeras ou videocâmeras, porém sem flash, como já é regra em diversos outros países.
Segundo o guia Lonely Planet, o custo para receber uma autorização para realizar imagens pessoais com equipamento profissional é bem mais alto do que as entradas para museus. O tíquete para Deir El Medina, em Luxor, por exemplo custa 100 libras egípcias (R$ 27,20). Já a autorização de fotografia sai por 300 libras ou R$ 81,50.
Valores aumentam conforme o uso da foto — caso seja comercial, por exemplo — e o ministério defende que essa fonte de renda é importante para a manutenção dos locais turísticos egípcios e, portanto, deve ser mantida.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.