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Venezuela reativará o turismo gradualmente a partir de dezembro

Vista panorâmica aérea da aldeia indígena no Parque Nacional Canaima, Venezuela - Getty Images
Vista panorâmica aérea da aldeia indígena no Parque Nacional Canaima, Venezuela Imagem: Getty Images

15/10/2020 10h13

A Venezuela vai reabrir seus espaços turísticas "gradativamente" a partir de dezembro, sob protocolos de biossegurança contra a covid-19, após registrar uma "tendência constante" de diminuição das infecções no país, anunciou nesta quarta-feira (14) Nicolás Maduro.

Em transmissão pela TV, o presidente socialista disse que ordenou a reabertura gradual de "zonas turísticas a partir de 1º de dezembro mediante um estrito protocolo de biossegurança para estimular o setor turístico no final do ano de 2020 e na celebração da época do Natal".

Com 30 milhões de habitantes, o país tem cerca de 85 mil infectados e 714 mortes por coronavírus, segundo dados oficiais. Organizações como a Human Rights Watch, no entanto, questionam esses números.

Antes da chegada da pandemia em meados de março, quando foi decretada uma quarentena nacional, ainda em vigor com algumas flexibilizações, o turismo venezuelano já enfrentava uma "queda significativa" nos últimos anos, de acordo com Leudo González, presidente do Conselho Superior de Turismo da Venezuela. Com a covid-19, uma situação "crítica" se agravou.

O turismo também é atingido pelo colapso da aviação, após um êxodo maciço de companhias aéreas devido a dívidas estatais que chegam a 3,8 bilhões de dólares, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

Paralisados em março, os voos comerciais na Venezuela continuam proibidos, restrição estendida nesta segunda-feira até 12 de novembro.

Maduro também afirmou que vai autorizar na hora certa uma "flexibilização geral supervisionada" do isolamento, que funcionará sob normas sanitárias e faixas de horários.

Desde junho, está vigente na Venezuela um esquema que alterna sete dias de "quarentena radical", quando todos os negócios são obrigados a fechar, exceto serviços essenciais, com sete dias de "flexibilização", que permite a reativação das atividades.