Dirigente da CBV contraria Bernardinho: "demos suporte necessário"
O superintendente da CBV Neuri Barbieri discordou das declarações do técnico Bernardinho sobre a seleção masculina ter ficado “desprotegida” durante o Mundial. Em entrevista ao UOL Esporte, o dirigente, que está em Trieste para acompanhar a equipe feminina, ressaltou o apoio que foi dado pela entidade.
“Não sei as razoes que levaram falar, eu estava presente na última semana para dar todo suporte necessário para equipe, tivemos com a chefe de delegação da seleção. Demos todas as informações para a federação internacional, alertamos para a situação, intervimos junto a FIVB na tese de que não havia autor, e, por isso não havia o ocorrido. Tanto é que só puniram Bernardinho por deixar de comparecer a coletiva. Se não tivéssemos intervindo, podíamos ter tido julgamento em Katowice e não tivemos. Não posso concordar que não teve apoio, a CBV sempre estará em defesa dos interesses dela e do Brasil”, disse Neuri.
Apesar de falar sobre o apoio que deu, Barbieri concorda com uma reclamação do time masculino, o privilégio dado para a Polônia na terceira fase da competição.
“Isso incomodou sim e nos protestamos. Aí sim concordamos que houve uma interpretação que veio a proteger a Polônia. Fomos a melhor campanha da primeira fase, então tínhamos direito de permanecer em Katowice, mas não vejo que esse motivo tenha atrapalhado tecnicamente a seleção. Evidente que criou clima de insatisfação do jogador, em toda a equipe, pode ter prejudicado um pouco, mas assim mesmo chegamos a final e na final não houve interferência externa”, completou.
Questionado sobre a possibilidade da briga no torneio masculino causar consequências para o time feminino, o dirigente defendeu o discurso feito por José Roberto Guimarães, que preferiu focar nos adversários e não em polêmicas.
“Discutimos o assunto (Neuri e José Roberto Guimarães) e achamos que nenhum tipo de interferência externa vai afetar a equipe. O clima está muito bom, isso que aconteceu na Polônia não afetou ninguém”, finalizou.
O técnico Bernardinho, da seleção masculina, reclamou em entrevista ao SporTV do comportamento da FIVB em relação ao Brasil. Segundo o treinador, a equipe está desprotegida enquanto a entidade faz o país de “gato e sapato”.
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