'Sonho de ter filhos foi interrompido', diz melhor amiga de Walewska

Elisangela Almeida de Oliveira, a Lili, uma das melhores amigas da ex-jogadora de vôlei Walewska, contou que a campeã olímpica sonhava com filhos e tinha até um enxoval guardado para quando engravidasse. Wal morreu no dia 22 de setembro, após cair do 17º andar do prédio em que morava, na região central de São Paulo. A polícia investiga o caso como suicídio.

"A Waleswka sempre foi muito presente na minha vida, sempre falamos de tudo. O sonho de ter filhos da minha amiga foi interrompido. Até achei estranho quando, um tempo atrás, ela disse que não falaria mais no assunto filhos porque o casal tinha chegado à decisão de não dar prosseguimento no assunto", conta Lili, que foi companheira de quarto de Wal ainda na seleção juvenil e morou com a amiga quando as duas jogaram juntas em Curitiba. "Ela tinha até enxoval pronto pra quando fosse engravidar. Esse enxoval existe, está na casa dela e todas as amigas mais íntimas sabem da existência", completa.

Na entrevista ao UOL, Lili contou que se considerava madrinha de casamento da amiga mesmo não tendo ido à cerimônia. "No dia do casamento, meu irmão sofreu um grave acidente. Ficou tetraplégico. Por isso, não participei da cerimônia, mas ela sempre me considerou comadre dela mesmo assim", falou a ex-jogadora, hoje gestora do time de vôlei de Itajaí, em Santa Catarina.

Segundo ela, Walewska nunca deixou as amigas perceberem algum problema de saúde mental. "Foi um susto pra mim. A Waleswka nunca deixou em transparecer nada em respeito a depressão ou que estivesse passando por algum problema grave. Eu ainda custo acreditar que ela atentou contra a própria vida."

"Eu durmo em paz. Tenho a certeza absoluta que nunca negligenciei a amizade, nunca achei que algo não ia bem nos momentos em que estávamos juntas. Pelo contrário, ela nunca deixou transparecer nada de problema com a saúde mental. Ela não era depressiva, nunca, isso eu garanto. Além do mais, eu saberia se ela estivesse chateada com algo."

Consumismo

Em relação às informações do boletim de ocorrência, em que Ricardo Mendes, o viúvo de Walewska, diz que a esposa era consumista e tinha dívidas, Elisangela é firme: "Me chocou quando este boletim de ocorrência caiu na imprensa. A pessoa está casada com a outra e não tenta impedir o consumista de parar de gastar? Essa conta, na minha cabeça, não fecha. Sinceramente".

Waleswka era uma das jogadoras mais bem pagas no voleibol feminino no Brasil. Segundo informações apuradas pela reportagem, uma jogadora do nível de Wal chega a ganhar até R$ 80 mil por mês.

"A Wal sempre foi vaidosa, gostava de se vestir bem, de comer bem, mas ela podia se dar esse luxo. Agora, sempre com muito pé no chão. Ela chegou a fazer alguns bons investimentos e apresentou pessoas ligadas ao mercado financeiro e de investimentos pra gente, também", disse Lili.

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