Topo

Calçade se rende ao trabalho de Cuca: "Santos é um milagre"

Paulo Calçade, comentarista dos canais ESPN - Reprodução/ESPN Brasil
Paulo Calçade, comentarista dos canais ESPN Imagem: Reprodução/ESPN Brasil

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/12/2020 20h39

O Santos ganhou com facilidade do Grêmio para alcançar a semifinal da Libertadores, na última quarta (16), e o desempenho dos comandados de Cuca chamou atenção, após duas partidas dominantes. Para o comentarista da ESPN, Paulo Calçade, a estratégia santista foi admirável e toda a situação que o clube vive deixa o resultado ainda mais valioso, até mesmo milagroso.

"O Santos deu uma aula em certos aspectos. Ter apenas a bola não significa bom jogo. O Santos estrategicamente foi um deboche nos dois jogos. Olha a situação, o Santos é um milagre! Por que é um milagre? Porque tem dívidas, todo dia alguém bate na porta cobrando, porque jogador quer sair, tiveram que convencer o Lucas Veríssimo a jogar a primeira partida, ele jogou essa, porque quando tem um jogador bom como o Soteldo, perde ele por Covid, ai o Pituca tem uma grande atuação em Porto Alegre e não pode jogar porque está suspenso, ai o Pará ali no aquecimento, também não vai jogar...".

Calçade ainda deu os créditos a Cuca, que foi criticado, mas supera as expectativas iniciais deste Santos que sofre com limitações dentro de campo e fora dele.

"A gente já falou do trabalho do Cuca como um trabalho limitado, por exemplo, no Palmeiras, poderia mais. No Santos, ele conseguiu mais, colocando um contra ataque fulminante. Claro, ele tem um Marinho num momento iluminado, mas o Lucas Braga também é solução, o Kaio Jorge fez um gol sem ângulo, ontem. O meio de campo é mais frágil do ponto de vista da criação, roubou uma quantidade de bolas, fez uns encaixes na marcação e o Jean Pyerre sumiu do jogo, também cuidou do Matheus Henrique, tudo que o Renato pensou, tinha uma resposta do Santos. Da mesma forma que ele foi criticado em outras épocas, ele também merece ser aplaudido. O Renato é que tem que dar explicações", argumentou o jornalista.