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Galvão compara morte de Maradona à de Senna: 'Argentinos perdem seu herói'

Galvão Bueno, em participação no Seleção SporTV - Reprodução/SporTV
Galvão Bueno, em participação no Seleção SporTV Imagem: Reprodução/SporTV

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/11/2020 13h41

Narrador e comentarista do Grupo Globo, Galvão Bueno comparou o sentimento do povo argentino em relação à morte de Maradona ao que os brasileiros experimentaram no dia 1º de maio de 1994 - que marcou o acidente fatal de Ayrton Senna. O jornalista destacou que ambos foram heróis esportivos em seus países.

"Os argentinos viveram ontem o 1º de maio de 1994 deles. Nesse dia, o Brasil perdeu um ídolo esportivo que era mais que um ídolo esportivo, era um herói brasileiro. Ontem, a Argentina perdeu seu herói esportivo. Talvez só comparável às mortes de Gardel e Evita", disse Galvão em participação no Seleção SporTV, hoje

"Ontem foi o 1º de maio de 1994 deles. Hoje, eles estão vivendo o que nós vivemos nos dias seguintes e que ainda sentimos até hoje. Ayrton Senna está nos nossos corações. Maradona vai permanecer nos corações dos argentinos o resto da vida. E mais: ele se foi tão cedo que deixa um vazio muito grande. (...) Espero que ele tenha alcançado a paz", acrescentou o narrador.

Galvão ponderou que Maradona trazia a essência do povo argentino, caracterizando-se como passional e intenso.

"Vendo essa multidão, não consigo nem querer ser mais duro com a questão da pandemia. O argentino é absolutamente passional. A vida do argentino é como a letra de um tango. A vida do Maradona seria como letras de Tango de Gardel e Lepera. Esses compositores simbolizaram essa vida de amor, intensidade, desgraça, traição, retorno, abandono. O argentino é assim. O Maradona era a essência do argentino", completou.