Ana Paula Henkel acusa Globo de censurar sua entrevista sobre trans no EE
A ex-jogadora de vôlei Ana Paula Henkel acusou hoje a Globo de censurar uma entrevista que ela deu para o Esporte Espetacular falando sobre transexuais no esporte feminino.
No Twitter, Ana Paula afirmou que reuniu dados "científicos, biológicos e políticas antidoping" na defesa das mulheres, mas que nada foi incluído na matéria.
"O Esporte Espetacular mostrou hoje uma matéria sobre transexuais no esporte feminino. A Globo esteve em minha casa e eu dei uma longa entrevista com dados científicos, biológicos e políticas antidoping na defesa das mulheres. A entrevista foi censurada e não foi incluída na matéria", escreveu a ex-atleta.
"Sempre respeitei a emissora e estive disponível durante meus 24 anos no esporte", completou. "Não considero a censura de minha entrevista, que clara e unicamente defende o esporte feminino, um desrespeito a mim, mas a milhares de mulheres e jovens atletas que nunca são ouvidas."
Ana Paula ainda explicou que a repórter Joanna de Assis "ouviu todos os lados e queria todas as entrevistas na matéria".
A ex-atleta é uma das vozes mais ativas contra a presença de transgêneros no esporte feminino. Em junho, ela participou de uma audiência na Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados com Tifanny Abreu, atleta trans do Vôlei Bauru na Superliga feminina.
Ana Paula manifestou apoio aos transexuais na sociedade, mas pediu na ocasião estudos mais profundos para que se possa definir a diretriz que determina hoje a participação de atletas trans em competições.
Hoje, o Comitê Olímpico Internacional (COI) se baseia em um estudo de Joanna Harper, que diz que mulheres podem ter até 10 nmol/L de testosterona para disputar competições femininas.
Procurada pelo UOL, a Globo não se manifestou sobre o caso.
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