Jogador da NFL revela ameaça de morte após protestos em hino
O tight end Delanie Walker, um dos principais jogadores do ataque do Tennessee Titans, revelou no final da quinta-feira (28) ter sido alvo de ameaças de morte e mensagens racistas ao se manifestar favorável aos protestos realizados durante a última rodada da NFL. Em uma publicação realizada no Instagram, o jogador também lamentou o ocorrido e afirmou que manterá sua postura.
“As ameaças de morte que eu e minha família temos recebido desde os meus comentários são de partir o coração. O racismo e as palavras violentas direcionadas a mim e a meu filho só servem de lembrança que o nosso país segue dividido e repleto de uma retórica do ódio”, declarou Walker, que segue disposto em buscar o diálogo com pessoas de opiniões distintas.
“Essas palavras de ódio só vão me motivar no meu esforço de me aproximar a diferentes grupos comunitários, ouvir vozes opostas e honrar os homens e mulheres das forças armadas que arriscam suas vidas todo dia para que nós tenhamos esse diálogo”, garantiu.
Além de lamentar as mensagens que tem recebido, o tight end fez questão de elogiar a torcida dos Titans, que têm sua sede em Nashville, capital do Estado de Tennessee. Walker se disse orgulhoso de representar a diversidade dos torcedores locais e reforçou a ideia que apenas com respeito será possível atingir “os objetivos de unidade, paz e igualdade racial”.
Os Titans não entraram em campo durante o hino nacional americano na partida contra o Seattle Seahawks no último fim de semana. Walker defendeu a atitude, criticada por parte da população americana como desrespeitosa ao país. O jogador lembrou uma visita feita às tropas americanas no Oriente Médio antes do início da temporada.
“Uma das várias coisas que eu ganhei foi apreciação dos valores americanos e uma apreciação ainda maior dos homens e mulheres que defendem estes valores”, contou. “É essa liberdade de escolha que torna nossa democracia a inveja de muitos mundo afora.”
Enquanto Walker revelava as ameaças feitas a ele, a quarta semana da NFL teve início com novos protestos. Desta vez, não houve quem se ajoelhasse em campo, mas tanto Green Bay Packers quanto Chicago Bears cruzaram os braços de pé durante a execução do hino, uma postura de união contrária ao discurso divisivo do presidente Donald Trump.
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