Após decepção, Thalita e Jerusa conquistam prata e bronze nos 200m T11

O Brasil conquistou uma dobradinha no pódio na prova dos 200 metros rasos T11 (para atletas com deficiências visuais) com Thalita Simplício e Jerusa Geber, que conquistaram as medalhas de prata e bronze, respectivamente. As duas, que foram desclassificadas nos 100m, após problemas com as cordas-guia, agora sobem juntas ao pódio.

A prova foi muito disputada, a ponto de Thalita e a chinesa Cuiqing Liu terem cravado o mesmo tempo nas duas primeiras casas decimais, ambas com 24s94. A definição, então, se deu no photo finish. E a atleta da China, com 24s936, ficou à frente, contra os 24s940 da brasileira, que competiu com o guia Felipe Veloso da Silva. Vindo um pouco mais atrás, Jerusa, com Gabriel Aparecido dos Santos Garcia, foi a terceira colocada, com 25s19.

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Após chegar em segundo lugar nos 400m e garantir a prata, Thalita repete a façanha e sobe mais uma vez ao pódio. Essa é sua segunda medalha dela nas Paralimpíadas de Tóquio.

Além das conquistas no Japão, Thalita foi ouro nos 400m e prata nos 200m no Mundial de Dubai em 2019. No Parapan de Lima, ela conquistou a prata nos 100m e nos 200m. Em Paralimpíadas, a atleta foi prata no revezamento 4x100 metros no Rio.

Medalhista de bronze, Jerusa Geber conquista a quarta medalha em Paralimpíadas. Em Londres, ela levou a prata para casa nos 100m e nos 200m. Em 2008, em Pequim, ela ganhou o bronze nos 100m.

Jerusa acumula dois ouros, duas pratas e dois bronzes em Jogos Parapan-Americanos. Em Mundiais, a atleta conquistou dois ouros e cinco pratas. Detentora do recorde mundial conquistado em 2019 nos 100m, com o tempo de 11s85, ela foi a primeira atleta cega a conseguir correr a distância abaixo dos 12s.

Com o pódio duplo, o Brasil passa a somar 25 medalhas apenas no atletismo em Tóquio, com 8 ouros, 7 pratas e 10 bronzes. Em todas as modalidades, são 22 ouros, 17 pratas e 29 bronzes, com um total de 68 pódios, a 4 dos 72 dos Jogos do Rio-2016, um recorde para a delegação do país.