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Malcom diz que encheu até o dono do Zenit para poder disputar as Olimpíadas

Malcom, autor do segundo gol do Brasil na final contra a Espanha nos Jogos de Tóquio - Francois Nel/Getty Images
Malcom, autor do segundo gol do Brasil na final contra a Espanha nos Jogos de Tóquio Imagem: Francois Nel/Getty Images

Demétrio Vechioli

Do UOL, em Tóquio

07/08/2021 15h08

Autor do gol do título do Brasil sobre a Espanha nas Olimpíadas, o atacante Malcom, jogador do Zenit, da Rússia, disse que 'encheu o saco' do treinador, do presidente e até do dono do seu clube para estar presente nos Jogos de Tóquio. O jogador de 24 anos chegou a deixar a lista original de André Jardine após veto do time russo, mas conseguiu a liberação e retornou ao elenco da seleção.

"Eu fiquei enchendo o saco do treinador, do presidente, do dono... Todo mundo sonha em jogar as Olimpíadas. É o segundo torneio depois da Copa do Mundo. E ainda poder levar o título para a minha família, para todos do Brasil, minha namorada na Rússia... Está sendo muito gratificante. A ficha não caiu, espero que não caia até amanhã porque a gente ainda tem que comemorar muito hoje", brincou Malcom em entrevista ao UOL Esporte.

O atacante comemora seu segundo título em cerca de três semanas. Em 17 de junho, ele conquistou a Supercopa da Rússia após vitória por 3 a 0 sobre o Lokomotiv e, logo após faturar o troféu, pegou um voo rumo ao Japão para se apresentar à seleção olímpica.

"Eu insisti tanto que eles ficaram até nervosos comigo, falaram que 'não ia', só depois que jogasse a final. Joguei a final pelo clube, fui campeão e agora, depois de três semanas, estou sendo campeão novamente, ainda mais ganhando essa medalha de ouro, pesada, e pra mim é muito gratificante. Só tenho que agradecer a Deus e todos envolvidos", acrescentou.

Malcom saiu do banco de reservas para, aos dois minutos do segundo tempo da prorrogação, marcar o tento que garantiu a medalha de ouro ao Brasil. Segundo o atacante, ele já vinha desenhando a jogada do gol ainda antes de ser chamado por André Jardine.

"Quando eu estava aquecendo, no intervalo, o Jardine me chamou e falou que eu ia entrar. Eu já estava me preparando, olhando aquela bola, 'se sobrar ali eu vou fazer o gol'. A gente já vai meio que desenhando a jogada do gol e foi bem ali que falei que ia fazer o gol. Estudei um pouco o goleiro também, como ele sai do gol, sai como no futsal, e fui feliz na finalização e concretizar gol e título foi muito gratificante para mim", completou.