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Bicampeãs olímpicas, Martine e Kahena pedem mais investimento na base

Martine Grael e Kahena Kunze no pódio olímpico da vela - Huang Zongzhi/Xinhua
Martine Grael e Kahena Kunze no pódio olímpico da vela Imagem: Huang Zongzhi/Xinhua

Colaboração para o UOL, em São Paulo

04/08/2021 04h00

A medalha de ouro conquistada por Martine Grael e Kahena Kunze nas Olimpíadas de Tóquio-2020 foi a 19ª medalha olímpica do Brasil na vela, um dos esportes mais vitoriosos do país na história dos Jogos Olímpicos. Para elas, porém, é preciso mais investimento para que a modalidade dê ainda mais frutos.

"O Brasil tem 8 mil km de costa, a gente tem um potencial incrível nos esportes aquáticos. No profissional o equipamento é mais caro por conta das competições. Mas o esporte de base não é tão caro. Precisa ter mais gente velejando. A quantidade faz a qualidade", pediu Martine Grael.

Campeãs olímpicas também da categoria 49er FX no Rio de Janeiro, em 2016, as velejadoras foram as primeiras a subir no lugar mais alto do pódio em duas edições seguidas de Jogos Olímpicos.

Dados do Governo federal indicam que no ciclo entre os Jogos Rio 2016 e Tóquio 2021, a vela recebeu investimento direto, via Bolsa Atleta, de R$ 5,7 milhões. Segundo a União, esse valor é suficiente para custear a concessão de 153 bolsas para praticantes da modalidade que se destacaram nos cenários de base, nacional e internacional.

"Essa medalha mostra que nosso país tem muitos talentos. A gente espera que o Brasil comece a investir mais forte na base. Falta muito incentivo, o esporte ajuda crianças saírem das ruas, ajuda na educação. Traz toda uma inspiração para jovens que estão trilhando o caminho", resumiu Kahena Kunze.

Além dos dois ouros olímpicos no Rio-2016 e agora em Tóquio-2020, Martine e Kahena conquistaram também o ouro no Mundial de 2014 e quatro pratas na mesma competição, em 2013, 2015, 2017 e 2019. Ainda colecionam um ouro (2019) e uma prata (2014) nos Jogos Pan-Americanos.