Volta olímpica em estádio da abertura expõe vazio da Olimpíada sem público
De um lado, a luz, a alegria, o calor humano. Do outro, o escuro, a tristeza, e o vazio. Quem deu a volta olímpica no novíssimo Estádio Olímpico japonês encontrou um espelho da ambiguidade dos Jogos Olímpicos realizados em meio a uma pandemia.
Na face leste do estádio estava a imprensa, que compareceu em peso à cerimônia. Quase 150 ônibus partiram do centro de mídia e outros tantos veículos particulares dos detentores de direitos de transmissão foram para a abertura. Nas demais áreas do estádio, o vazio era quase absoluto.
Construído ao custo de mais de R$ 5 bilhões, pagos pelo governo japonês, o estádio de 68 mil assentos teve ao menos 90% deles vazios. Além da imprensa, que teve lugar reservado nos três anéis do estádio e ocupou praticamente todas as tribunas disponíveis, havia pouca gente mais. Representantes de nações estrangeiras ficaram no camarote do imperador japonês e do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI). No total, nem mil dirigentes da chamada "Família Olímpica", composta especialmente por comitês olímpicos e federações internacionais, apareceram.
Quem resolvia dar a volta olímpica no estádio olímpico, como este repórter, encontrava sombras. No segundo anel, em um percurso de cerca de 800 metros, em apenas 200 deles você encontrava pessoas. Ao longo do percurso, seguranças e policiais protegiam algo, não se sabia exatamente o quê.
Nas arquibancadas vazias, os seguranças pareciam estar lá por puro protocolo. As luzes apagadas, os banheiros trancados, até o bebedouro com placas incisivas de que não deveriam ser usados eram um convite para que ninguém ficasse ali.
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