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Cerimônia de abertura da Olimpíada é mistério até para porta-bandeiras

Ketleyn Quadros e Bruninho serão os porta-bandeiras do Brasil na Olimpíada de Tóquio - Divulgação/COB
Ketleyn Quadros e Bruninho serão os porta-bandeiras do Brasil na Olimpíada de Tóquio Imagem: Divulgação/COB

Thiago Braga

Colaboração para o UOL, em São Paulo

17/07/2021 04h00

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos é a maneira que o país-sede encontra de mostrar para o mundo sua cultura e suas virtudes, tudo isso com direito a encenação, shows e muito mistério. Só que em decorrência da pandemia de covid-19, o que era misterioso ficou ainda mais sigiloso.

Por causa das restrições sanitárias, a organização dos Jogos de Tóquio já afirmou que o evento será bem menor em relação às edições anteriores. Ao UOL, o COB informou que os cuidados da Vila Olímpica serão replicados na cerimônia, sem revelar mais detalhes sobre o evento.

Aproveitando a iniciativa do COI para fortalecer a igualdade de gêneros, o COB escolheu a judoca Ketleyn Quadros e o levantador da seleção masculina de vôlei, Bruninho, como porta-bandeiras da delegação brasileira na cerimônia de abertura, que vai acontecer no dia 23 de julho. Mas nem mesmo a dupla tem informações detalhadas sobre como será o evento.

"O pessoal do COB conversou com o Renan (dal Zotto, técnico da seleção de vôlei) e perguntaram da possibilidade de eu participar da cerimônia. Até para entender a logística. Sabemos das restrições, mas falaram que o tempo da cerimônia será reduzido, com um tempo muito menor. É difícil negar uma oportunidade como essa", explicou Bruninho, que fará seu jogo de estreia nos Jogos juntamente com a seleção de vôlei no dia seguinte à cerimônia de abertura.

"A gente não sabe como vai ser a dinâmica. Estou muito feliz de ser uma dupla, e não poderia ter um parceiro melhor. Não tenho dúvidas de que os protocolos estarão adequados", completou Ketleyn.

Por causa do isolamento, Ketleyn e Bruninho ainda não se encontraram desde que chegaram ao Japão. Ou seja, nada de ensaio prévio para o grande momento. A judoca está com a delegação do Brasil em Hamamatsu, enquanto Bruninho está em Ota com a seleção masculina de vôlei.

Tradicional na cerimônia de abertura, a parada das delegações é uma das partes mais simbólicas do evento, mas neste ano não será realizada da maneira como estamos acostumados a assistir, já que os organizadores não querem correr riscos desnecessários envolvendo os participantes.

Os detalhes da cerimônia permanecem em segredo. Mas segundo os organizadores, nos dias que antecedem a abertura oficial dos Jogos serão divulgados algumas informações sobre como a celebração será realizada.

Com certeza o que já se sabe é que o tema da cerimônia será "unidos pela emoção" e que em algum momento, o show vai abordar os desafios enfrentados pela população mundial no combate à covid-19.